12 de agosto, de 2022 | 08:40

Senado aprova redução na idade mínima para laqueadura

Esterilização voluntária poderá ser feita a partir dos 21 anos

Edilson Rodrigues/Agência Senado
O projeto teve origem na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencialO projeto teve origem na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial

O Senado aprovou onteme (10) o projeto de lei (PL) 1.941/2022 que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a que a mulher opte pela esterilização voluntária. Além disso, o texto retira a obrigatoriedade do consentimento expresso dos cônjuges para realização da esterilização. O projeto teve origem na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial.

O projeto torna obrigatória a disponibilização de quaisquer métodos e técnicas de contracepção previstas em lei, reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a realização de esterilização voluntária em mulheres e homens, com capacidade civil plena; além de permitir a laqueadura da mulher durante o período do parto.

O texto aprovado hoje derruba a obrigatoriedade de autorização expressa do cônjuge para esterilização que estava prevista em lei de 1996. “Reconhecemos que facilitar o acesso da população aos métodos contraceptivos é uma forma de garantir os direitos à vida, à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão; ao trabalho e à educação”, disse a relatora do projeto, senadora Nilda Gondim (MDB-PB), em seu parecer.

O senador Guaracy Silveira (Avante-TO) ainda protestou contra o fim da autorização obrigatória do cônjuge, mas o artigo que revoga a previsão legal de 1996 foi mantido.

Presidente da sessão hoje, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) destacou o avanço na legislação para equiparar a mulher ao homem nos direitos conquistados.

“A história das mulheres no Brasil tem evoluído. Há um tempo, a mulher precisava de autorização do marido para votar, ser votada, para abrir uma empresa, para ir na universidade. E hoje precisa da autorização para fazer uma laqueadura. É inimaginável que, em pleno século 21, ainda tenhamos uma legislação dessa natureza. Isso [o projeto aprovado] é um avanço para as mulheres do Brasil”.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o uso adequado de métodos anticoncepcionais contribui para a prevenção dos riscos à saúde relacionados à gravidez indesejada, sobretudo em adolescentes. Além disso, a OMS afirma que tais métodos contribuem ainda para a redução da mortalidade infantil, e, do ponto de vista socioeconômico, também contribui para um crescimento populacional sustentável.
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Comentários

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Tião Aranha

16 de agosto, 2022 | 21:19

“Mvto feminino é diferente de mvto feminista. Nascem mais mulheres que homens, talvez não sabem da força que têm. Risos.”

Celio Cunha

12 de agosto, 2022 | 11:16

“E viva, viva o direito da mulher mandar no seu próprio corpo. Chega da ideia atrofiada de uns poucos que ainda ainda
acham que a mulher seja um ''objeto '' de sua propriedade que precisa de sujeitar seus caprichos. Mulher livre, tem
sentimentos e os mesmos direitos que o homem e precisa ser observados por todos. Desejamos e lutamos para o dia em que todas - mulheres - tenham direitos e salários na mesma proporção que homens, por desempenhar as mesmas funções.”

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