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12 de agosto, de 2022 | 15:00

Alfabetização emocional: o beabá das emoções

Hannyni Mesquita *

Frente a tantos desafios da educação de nossas crianças, talvez o mais necessário na atualidade seja a alfabetização emocional. Ao longo do tempo, estudiosos foram demonstrando que, assim como a aprendizagem em outras áreas, as emoções também precisam ser ensinadas, pois não se nasce sabendo lidar com os sentimentos. Nossas habilidades socioemocionais impactam diretamente na maneira como interagimos uns com os outros e conosco mesmos.

Sem o desenvolvimento da inteligência emocional, muitas vezes comprometemos outras habilidades, pois os benefícios atingem a ordem cognitiva, desenvolvendo no indivíduo o perfil para perseverar, construir e reelaborar o conhecimento, e gerenciar as situações cotidianas. Quantos casos de pessoas que sabem resolver uma prova, mas na hora “dá um branco”, ou após uma discussão diz “desculpe, não acredito que falei isso”, ou, ainda, brigas no trânsito iniciadas por situações simples? Esses são exemplos de atitudes do cotidiano nas quais as pessoas precisam desenvolver sua inteligência emocional para lidar com a situação.

Com o cenário de pandemia, no qual tivemos a privação de contato social, entre outros desafios, a escola desempenha, nesse momento de pós-pandemia, um papel extremamente importante para as crianças ao oportunizar espaço para a coletividade, o partilhar, o conflito, a negociação, a criação e, por vezes, a frustração.

“Primeiro, precisamos ensinar nossas crianças
a expressarem as emoções - e isso se inicia
na identificação do que ela está sentindo”


A importância de desenvolver a inteligência emocional desde cedo foi entendida pelo casal Harry e Meghan Markle. Ao escolher a primeira escola para o pequeno Archie, de 3 anos, os pais priorizaram uma que ensina alfabetização emocional e gentileza, no Canadá. E para ampliar as possibilidades desse desenvolvimento, é importante o envolvimento das famílias. Mas, como ensinar isso?

Primeiro, precisamos ensinar nossas crianças a expressarem as emoções - e isso se inicia na identificação do que ela está sentindo. Em um primeiro momento, é o adulto quem ajuda a identificar e nomear essas emoções, isto é, se está triste, com medo, com raiva. Isso permite que a criança crie uma autoconsciência. Porém, não adianta apenas identificar. Deve ser permitido à criança expressar sua emoção, seja verbalizando, dramatizando ou desenhando. No entanto, é preciso ficar atento para que essa expressão não resulte no uso da força física contra outras pessoas ou palavras ofensivas.

E, por fim, é necessário que ela aprenda a controlar tudo isso. Sem o controle das emoções, temos um mundo violento, egoísta e destrutivo. Saber controlar o que sentimos nos possibilita desfrutarmos de maneira racional das nossas tomadas de decisões, e, aliadas à empatia, teremos mais respeito nas relações.

*Pedagoga, especialista em gestão das organizações educacionais e educação bilíngue, coordenadora da Educação Infantil do Centro de Inovação Pedagógica (CIPP) dos colégios do Grupo Positivo.

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Comentários

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Tião Aranha

13 de agosto, 2022 | 12:38

“Em síntese: o país evolui pouco porque houve globalização da economia. Mas mesmo assim a imagem do país lá fora já está consolidada como um dos mais corruptos do mundo. A sujeira escondida debaixo do tapete da sala um dia veio a tona. Os planos ocultos da esquerda ficaram bem descobertos. Bastou o Lula investir um pouco no social para ser considerado um mito. Enquanto escritor nossa missão não é só criticar, mas mostrar a solução. Risos.”

Gildázio Garcia Vitor

12 de agosto, 2022 | 20:36

“Sr. José Anísio, o que são "atos exemplares"? Também não entendi essa do caminho que a esquerda tomou. E nem os "Risos" no final do comentário. Esta é a marca registrada do Sr. Tião Aranha, que, por sinal, faz uns comentários muito inteligentes e divertidos neste nobre espaço, nos oferecido pelo Portal Diário do Aço.

Para mim, que sou Comunista, as Esquerdas não tomaram nenhum caminho, elas perderam foi o rumo/caminho desde 1924, quando Stalin chega ao poder na URSS. "Revolução dos Bichos" e "1984", de George Orwell, são boas leituras, apesar de ficcionais, para entender, pelo menos em parte, o que foi o "Socialismo Real".”

José Anísio Vieira Guimarães

12 de agosto, 2022 | 15:37

“Impor limites na criança lá atrás. Nada mais que isso. Os atos exemplares viriam apenas como complementação. Tarefa exclusiva dos pais. O mundo seria mais humano se os homens a cada momento ensinassem somente atos tb exemplares. Aí a esquerda não teria tomado o caminho que tomou. Risos.”

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