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10 de agosto, de 2022 | 17:40

Tráfico era comandado de dentro de presídio, revela Gaeco

Os bandidos usavam ainda motoristas de transporte clandestino para trazer drogas de Mato Grosso do Sul para Minas Gerais

Wellington Fred
Os bandidos usavam ainda motoristas de transporte clandestino para trazer drogas de Mato Grosso do Sul para Minas GeraisOs bandidos usavam ainda motoristas de transporte clandestino para trazer drogas de Mato Grosso do Sul para Minas Gerais

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelou na manhã desta quarta-feira (10) que o esquema de tráfico de drogas, desarticulado na Operação Integração, era comandado de dentro de um presídio. Os bandidos usavam ainda motoristas de transporte clandestino para trazer drogas de Mato Grosso do Sul para Minas Gerais.

As revelações dos detalhes da Operação Integração, desencadeada na terça-feira (9) com a participação das Polícias Militar, Rodoviária Federal e Civil junto com o Ministério Público de Minas Gerais, apontam que os coordenadores do esquema de tráfico já se encontravam presos, dois deles, por tráfico de drogas. Ao todo foram presas seis pessoas.

“Infelizmente, estas pessoas estavam cumprindo pena por tráfico de drogas. E estavam fazendo contatos com as pessoas que realizavam o transporte do tráfico”, informou o promotor Bruno Schiavo sobre os presos na operação que já se encontram recolhidos no Sistema Prisional da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Além destas pessoas, os integrantes das forças de segurança também identificaram motoristas de transporte clandestino que participam do esquema. Eles buscavam a droga na fronteira, em Mato Grosso do Sul, e traziam para ser distribuída para cidades de Minas, entre elas, do Vale do Aço.

O delegado da Polícia Civil, Fernando José Barbosa Lima, integrante do Gaeco, revelou que cada barra de maconha era comprada por cerca de R$ 250 e chegava para ser vendida em Minas no valor de R$ 1,5 mil cada. “É possível perceber como é lucrativa esta atividade. Em torno do tráfico, tem outros crimes, como homicídio, roubo, uma série de crimes que ofende a sociedade”.

Operação
A investigação começou com uma abordagem de rotina a um carro, no dia 21 de março, quando o condutor do Ford Fiesta fez uma ultrapassagem proibida nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária Federal, em João Monlevade. Os ocupantes conseguiram escapar, ao abandonarem o veículo com os 198 tabletes de maconha e seis porções de maconha. “Hoje, com a integração dos órgãos de segurança, esta ocorrência foi levada ao Gaeco e, se vislumbrou algo maior do que uma simples apreensão de drogas”, ressaltou o inspetor da PRF Igor Cabral.

O esquema era responsável pela distribuição de drogas nas cidades de João Monlevade, Ipatinga, Caratinga e Itaúna. Além de maconha, o Gaeco acredita que outras drogas também seriam transportadas para Minas por veículos de passeio.

Outra abordagem e apreensão de drogas ocorreu no dia 4 de julho, na BR-381 em Perdões, no sul de Minas Gerais. Durante diligências, equipes do Gaeco, em conjunto com agentes da PRF, conseguiram realizar a prisão em flagrante de dois investigados. Com eles, em um Chevrolet Corsa Classic, foram aprendidos 155 tabletes de maconha.

Segundo os representantes das forças de segurança, os investigados praticaram os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e organização criminosa, respectivamente, previstos nos artigos 33 e 35, ambos da Lei 11343/06, e artigo 2º da Lei nº 12.850/13, sendo realizado na terça-feira o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em desfavor dos investigados nas cidades de Itaúna, Itatiaiuçu, Belo Horizonte e Ribeirão das Neves.

A operação coordenada pelo Gaeco de Ipatinga e conta com apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal das cidades de Itaúna, Itatiaiuçu, Belo Horizonte e Ribeirão das Neves.

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