09 de agosto, de 2022 | 17:20

Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso têm casos suspeitos de varíola dos macacos

O boletim atualizado pela pasta revelou também que Minas Gerais passou da marca dos 100 casos confirmados em todo o estado

Arquivo pessoal
“É o maior surto já documentado fora da África e que cresceu em números muito acima do esperado para uma infecção com uma baixa infecciosidade”, explicou o virologista da UFMG “É o maior surto já documentado fora da África e que cresceu em números muito acima do esperado para uma infecção com uma baixa infecciosidade”, explicou o virologista da UFMG

Os casos suspeitos de varíola dos macacos voltaram a aparecer na Região Metropolitana do Vale do Aço. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até esta segunda-feira (8) haviam dois casos em investigação na região: um no município de Santana do Paraíso e o outro em Coronel Fabriciano.

O boletim atualizado pela pasta revelou também que Minas Gerais passou da marca dos 100 casos confirmados em todo o estado. São 101 registros positivos de varíola dos macacos, espalhados por 17 municípios: Belo Horizonte (75), Betim (2), Bom Despacho (1), Cataguases (1), Contagem (3), Governador Valadares (2), Janaúba (1), Juiz de Fora (2),
Mariana (1), Poços de Caldas (1), Pouso Alegre (1), Ribeirão das Neves (2), Sabará (1), Santa Luzia (4), Sete Lagoas (2), Teófilo Otoni (1) e Uberlândia (1).

De acordo com o informe fornecido pela SES-MG, já foram descartados 191 casos até aqui. Outros 331 estão em investigação e aguardam o resultado de exame. A maioria deles em Belo Horizonte (129) e Betim (19). Caratinga também está na lista, com um caso suspeito, assim como Paraíso e Fabriciano.

Sem pânico
A proximidade de casos suspeitos gera insegurança e até pânico, mas o virologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Flávio da Fonseca, acredita que é preciso diminuir o pânico da população, sem diminuir a atenção.

“A gente deve se preocupar, as autoridades sanitárias devem se preocupar, devem estar atentas, mas a gente não deve ter pânico, não devemos criar um ambiente de pânico, particularmente num momento em que estamos todos muito sensibilizados coma a pandemia de covid-19”, declarou o professor.

Vírus conhecido
O pesquisador esclareceu que o vírus causador da doença já era conhecido e que, portanto, já existe um tratamento. “É um vírus que não é novo, a gente já conhece esse vírus há mais de 50 anos, há vacinas, diagnósticos e medicamento disponíveis para se tratar essa infecção”, afirmou.

Disseminação
O professor explicou também as características, a biologia do vírus. “É transmitido por contato e por gotículas respiratórias de tamanho grande, de forma que eles não se disseminam com tanta intensidade como o vírus que causa a covid-19”.

Potencial pandêmico
Por fim, Flávio traz uma informação que deve levar alívio a muitas pessoas que têm andado angustiadas em relação à doença. “É uma expectativa dos especialistas, médicos, infectologistas e virologistas de que esse vírus não tem o potencial pandêmico que o vírus SARS-CoV-2. Portanto, ele não se transformará em uma pandemia nas proporções que a gente viu acontecer com a covid-19”, disse.
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