09 de agosto, de 2022 | 06:00

Hora da verdade

Fernando Rocha

Mais uma derrota desastrosa do Galo, no Mineirão, desta vez por 3 x 2 para seu xará, o Athletico/PR, com direito a outra virada de placar e gol sofrido nos acréscimos do segundo tempo.

Sem pontuar e sendo ultrapassado pelos adversários diretos, o alvinegro já pode ser considerado fora da briga pelo principal título do futebol nacional.

Quem imaginou que a simples volta de Cuca ao comando da equipe resolveria de imediato todos os seus problemas, agora cai na real, pois o futebol não é uma ciência exata.

Mas a hora da verdade está logo ali, mais precisamente amanhã, no Allianz Parque, neste confronto decisivo contra o Palmeiras pela Libertadores, onde só um vai seguir em frente na busca pelo título mais importante do continente.

A responsabilidade agora é total dos jogadores, e todos são experientes, capazes para dar a volta por cima, mesmo que o momento seja todo favorável ao Palmeiras.

Cuca, ao contrário, está numa situação muito confortável: se perder, a culpa não lhe será atribuída, por ter chegado agora e não ter tido o tempo necessário para arrumar a casa. A resposta terá de vir dentro de campo pelos jogadores.

Muito perto
O Cruzeiro continua na contagem regressiva, muito perto de voltar à Série A do próximo ano, e a vitória do último sábado sobre o Tombense, por 2 x 0, foi importante por se tratar, até então, do 5º colocado, podendo assim aumentar a impressionante diferença para 17 pontos sobre o time da Zona da Mata.

O calendário maluco deste ano não dá descanso e o time comandado por Paulo Pezzolano volta a campo, hoje, às 21h, no norte do Paraná, contra o Londrina, que ultrapassou o Tombense e agora é o 5º na classificação, portanto, outro adversário a ser batido.

Fica cada vez mais nítido que o time atual do Cruzeiro é bom, com sobras, para a disputa da Série B, e que vai precisar qualificar o seu elenco ainda mais, a fim de se manter ou pensar em algo melhor no próximo ano, quando estará de volta à 1ª Divisão.

FIM DE PAPO

Cuca e Felipão, pensando na Libertadores, deixaram seus principais titulares no banco de reservas. E quem desequilibrou ao entrar na partida foi o garoto prodígio de Timóteo, Vítor Roque, que o Paranaense tirou do Cruzeiro, autor de dois gols, sendo o primeiro deles muito bonito, após dar um drible desconcertante no lento e ineficiente Natan Silva, que Cuca insiste em manter de titular deixando Igor Rabelo sentado no banco de reservas.

Um exemplo positivo e sempre lembrado de mudança de técnico é do Flamengo, que pegou o elevador e já briga na parte de cima da tabela, após a chegada de Dorival Júnior. Porém, esta mudança para melhor não veio da noite para o dia, pois, no começo de Dorival no comando o rubro-negro, o time sofreu várias derrotas, inclusive duas seguidas para o Galo, até engrenar. Por isso, muita calma nessa hora, pode ser que os resultados do Galo com Cuca comecem a aparecer e a chave seja virada de uma hora para outra.

As entrevistas do técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, são sempre boas e esclarecedoras, sobretudo, no sentido de clarear o horizonte sobre o planejamento estratégico da SAF que comanda o clube. Numa de suas últimas falas, ele tratou de jogar água na fervura de parte da torcida e da imprensa azul, que anseiam por ver grandes nomes vestindo a camisa celeste em sua volta à Série A, em 2023.

Pezzolano deixou claro que as contratações são feitas com base em planejamento, algo que, até então, o Cruzeiro não tinha, e por isso mesmo chegou à atual situação de disputar pelo terceiro ano seguido a Série B. Torna-se cada vez mais nítido que, nesse processo de reconstrução do futebol celeste, com a troca de gestão esportiva para SAF, não será permitido a gastança desenfreada com a contratação de “medalhões”, pois os jogadores que vierem terão de dar, além de retorno técnico, lucro em uma refenda futura. (Fecha o pano)
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