07 de agosto, de 2022 | 10:00

Eleitor mais decidido e investigativo para pleito deste ano, aponta especialista

O voto no Brasil é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos

Tiago Araújo
Wallace Gandra destacou que temas relacionados à economia terão mais destaque neste pleito Wallace Gandra destacou que temas relacionados à economia terão mais destaque neste pleito
(Tiago Araújo - Repórter do Diário do Aço)
No dia 2 de outubro, dia do primeiro turno das eleições gerais, 156.454.011 eleitores poderão comparecer às urnas, assim como no dia 30 de outubro, data para possível segundo turno. Em entrevista ao Diário do Aço, o especialista em marketing político, Wallace Gandra, que atua em Ipatinga, fez uma avaliação do perfil do eleitorado para esse pleito, com base nos dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em suas pesquisas.

De acordo com a Constituição Federal, o voto no Brasil é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos. Para o público com 16 e 17 anos, para as pessoas com mais de 70 anos e para os analfabetos, o voto é facultativo. Estão em disputa para esse pleito os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, deputado estadual ou distrital.

Para Wallace Gandra, que também é professor de História, com mestrado no ramo Política e Social, os assuntos que vão pautar as eleições deste ano serão as questões ligadas à economia, que vêm impactando o bolso do brasileiro cada vez mais, enquanto o tema “corrupção” já perde um pouco de destaque neste pleito em relação ao de 2018.

“Acredito também que as questões sobre saúde e educação, que acabam sendo impactadas pela economia, ficarão em destaque. Desse modo, os candidatos que apresentarem bons projetos relacionados a esses temas, tendo uma comunicação mais humanizada, de forma que o eleitor se sinta representado, vão obter maior sucesso”, afirmou.

Escolaridade
Conforme o especialista em marketing político, com base nos dados do TSE, boa parte do eleitorado brasileiro não é muito escolarizado. “Temos uma grande parcela de eleitores que não concluíram o ensino fundamental (35.930.401 - 22,97%), e que nem completaram o ensino médio (26.049.309 – 16,65%). Já aqueles que possuem curso superior representam pouco mais de 10% (17.127.128). Com base nesses dados, é possível traçar que o eleitorado tem um grau de instrução menor, o que poderá ser utilizado na criação de estratégias de campanhas dos candidatos”, apontou.

Eleitor investigativo
Apesar do baixo nível de escolaridade do eleitorado, Wallace Gandra pontuou que as pessoas fazem muitas pesquisas pela internet atualmente, para se inteirarem sobre determinado assunto ou acontecimento. “É possível observar que o eleitor tem buscado mais informações por meio de pesquisas. Eu diria que, para essas eleições, temos um eleitorado mais exigente, até porque, nada fica escondido nesse meio digital. E vale destacar que o eleitorado está atento ao que está sendo dito pelo candidato e qualquer deslize dele pode arruinar a sua reputação.

Portanto, eu tenho certeza que de 2018 para 2022, o eleitor ficou mais exigente. É possível perceber isso ao longo desse tempo”, destacou.

Mais decidido
Na avaliação de Wallace Gandra, para essa eleição, o eleitorado está mais convicto em quem vai votar, decisão que já tomou bem antes do pleito. “Percebemos isso até pelos números das pesquisas. No entanto, eleitor é muito volátil. Muda muito de opinião. E além disso, percebemos que existe também um grupo muito grande de eleitores indecisos. Dessa forma, quem está muito atrás nas pesquisas precisa mirar nesse público, que pode fazer toda diferença no resultado final”, afirmou.

Segundo o especialista, como de costume do brasileiro, muitos eleitores vão deixar para decidir o voto nas vésperas das eleições. “Muitos vão decidir na semana do pleito, período que é muito importante para os candidatos, que precisam tomar bastante cuidado nesses dias que antecedem as eleições. Enquanto o eleitorado que está convicto, dificilmente vai migrar para outro lado. Esse grupo é a maioria, enquanto o número de indecisos chega a 37% do eleitorado, índice que é alto”, pontuou.
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