02 de agosto, de 2022 | 10:00

No mês do aleitamento materno, pediatra incentiva mães a perseverarem

Arquivo pessoal
Joana Moreira destaca que amamentar é um ato de cuidado Joana Moreira destaca que amamentar é um ato de cuidado

O mês de agosto é marcado nacionalmente por campanhas voltadas para o aleitamento materno. O período também é chamado de Agosto Dourado, cor que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano, líquido essencial para a vida e o desenvolvimento do bebê. A primeira semana de agosto é também a Semana Mundial do Aleitamento Materno. A médica pediatra Joana Coelho Moreira, com raízes no Vale do Aço, mas que atualmente atende em Belo Horizonte, deixa uma mensagem de perseverança para as mães.

A importância da amamentação para o pleno desenvolvimento das crianças é tema da campanha Agosto Dourado, criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O leite materno sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de infecções e alergias, além de provocar um efeito positivo na inteligência e no vínculo entre mãe e bebê.

Bebê saudável

O aleitamento materno promove menor prevalência de doenças infecciosas como otite, pneumonia e gastroenterite. Os efeitos a médio e longo prazo para a saúde da criança amamentada são a menor prevalência de obesidade, dislipidemias e doenças alérgicas.

“Pelo Ministério da Saúde, o aleitamento materno é recomendado exclusivamente, sem nenhuma outra introdução alimentar, até seis meses de vida e o aleitamento materno complementar – quando a criança já come outros alimentos-, até dois anos. Após essa idade, não é que tenha que ser interrompida a amamentação, mas entende-se que a nutrição acaba sendo um pouco dividida com o aleitamento e que a partir dessa idade é fundamental que a criança coma outros alimentos também”, pontua Joana.

Recentemente, os casos de mães com covid-19 provocaram questionamentos sobre amamentar ou não o bebê. Joana diz que em poucos casos a amamentação não é aconselhada. “São pouquíssimos, quando a mãe usa algum tipo de medicação, drogas, se for soropositiva e algumas outras doenças que passam pelo leite materno”, pondera.

Perseverança

Os materiais sobre a amamentação, em geral, falam sobre a importância do ato. Entretanto, a mulher lida com desafios diários, que envolvem o cuidado com a casa, com filhos mais velhos e um turbilhão de emoções em razão da chegada de um bebê.

Joana lembra que, apesar dos desafios que envolvem a amamentação, os benefícios são muitos e que vale a pena perseverar, pois amamentar é um ato de cuidado, um momento em que o vínculo entre mãe e bebê tem possiblidade de ser mais estreitado.

“Não é somente sobre as propriedades do aleitamento, da imunidade que a mãe é capaz de passar para o filho. As fórmulas, por melhores que sejam, não conseguem simular essas questões de imunidade, imunoglobulinas e muito menos as questões afetivas que estão presentes. Amamentar é um momento único de amor, de entrega da mãe para o seu filho. Minha mensagem é que sejam perseverantes no sentido de amamentar, porque faz bem não apenas para a criança, mas para o vínculo mãe e bebê”, conclui.
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Comentários

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Tião Aranha

02 de agosto, 2022 | 00:50

“Bom texto, a amamentação reforça o vínculo da mãe com o filho, porque depois que solta pro mundão aqui fora, é só decepção, sem freio e sem rédea. Risos.”

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