25 de julho, de 2022 | 13:55

Ipatinga terá Dia D contra Hepatites Virais

O atendimento será das 7h30 às 17h, por ordem de chegada, sendo os resultados dos testes disponibilizados na hora

Divulgação
Centro de Controle de Doenças Infectoparasitárias (CCDIP) irá oferecer testes rápidos aos interessadosCentro de Controle de Doenças Infectoparasitárias (CCDIP) irá oferecer testes rápidos aos interessados

Serão realizadas na próxima quinta-feira (28), em Ipatinga, atividades visando celebrar o “Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais”. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, as atividades serão promovidas pelo Centro de Controle de Doenças Infectoparasitárias (CCDIP), que ofertará testagem a todos os interessados. Para participar, basta comparecer na unidade localizada na avenida Zita de Oliveira n° 555, antigo Restaurante Popular, munido de documentos pessoais. O atendimento será das 7h30 às 17h, por ordem de chegada, sendo os resultados dos testes disponibilizados na hora.

Haverá ainda, no mesmo dia, atendimento médico para os casos positivos, além de orientações feitas por profissionais sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença.

Importância da vacina
A Secretaria reforça que a vacina para a Hepatite B está disponível rotineiramente nas Unidades Básicas de Saúde do município. A vacina é altamente protetiva, desde que as três doses recomendadas sejam administradas. Ela foi incluída no Calendário Vacinal das Crianças em 1998 e, desde 2015, está disponível para todas as idades. Contudo, no acumulado de cobertura da vacina Hepatite B, entre 1994 e 2019, cerca de 68% das pessoas acima dos 30 anos de idade não estão vacinadas contra a Hepatite B no Brasil.

O município ressalta que para a Hepatite C não existe vacina, e a vacina de Hepatite A não está disponibilizada na rotina do calendário vacinal adulto do Sistema Único de Saúde (SUS). Então, as medidas de proteção para essas doenças devem ser mantidas, independentemente da vacinação HBV (vírus de Hepatite B).

“É muito importante realizar um diagnóstico precoce para avaliar a presença da doença hepática e assim obter o melhor tratamento. Quanto antes o vírus for detectado e tratado, maiores são as chances de recuperação, pois hepatite tem cura”, explica Mônica Lacerda Cevidanes, diretora do Departamento de Atenção Especializada.

Sobre a hepatite
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. A hepatite é um grave problema de saúde pública no país e no mundo. Trata-se de uma inflamação no fígado e pode ser causada por um vírus, abuso de álcool, drogas e uso de alguns medicamentos, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As Hepatites B e C podem se tornar crônicas, causando cirrose e câncer hepático. Além disso, podem também causar comprometimento renal, cutâneo, hematológicos e auto-imunes.

Só a hepatite B é responsável por aproximadamente 780.000 óbitos ao ano no mundo.

Existem, ainda, os vírus D e E, este último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite e manter as vacinas para hepatite A e B em dia.

Transmissão e sintomas
A transmissão pode se dar através de sangue contaminado; da mãe infectada para o filho durante a gestação ou parto; ao compartilhar materiais como seringa, agulhas, objetos de higiene pessoal, lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicate de unhas e outros objetos que furam ou cortam ou utilizados na confecção de tatuagens e colocação de piercing; através de relações sexuais desprotegidas com pessoa contaminada e também através de cirurgias de Hemotransfusão.

Sintomas
Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, o que reforça a necessidade de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam os vários tipos. Geralmente, quando os sintomas aparecem a doença já está em estágio mais avançado. E os mais comuns são: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura (cor de café), icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro).

Estatísticas
De acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde, estima-se que apenas cerca de 18% das pessoas que vivem com hepatite B foram diagnosticadas e, dessas, apenas 3% estão recebendo o tratamento. Apenas cerca de 22% das pessoas cronicamente infectadas por hepatite C foram diagnosticadas, e apenas 18% delas estão recebendo o tratamento.

Prevenção
“Uma das dicas mais importantes para se prevenir das Hepatites B/C são: completar o ciclo vacinal de 3 doses contra Hepatite B; usar preservativos durante as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. Estes são alguns exemplos dos cuidados a serem tomados para prevenir o contágio”, é que explica a médica infectologista, Tamara Silveira Machado.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta: caso sejam identificados sintomas, as pessoas devem procurar imediatamente auxílio médico. Quanto mais rápido o diagnóstico, maior as chances de cura.
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