20 de julho, de 2022 | 12:00
Engasgo: qualquer um pode ser vítima
Luiz Guilherme Calderon *
“Todos os dias, oito crianças morrem e outras 288 são hospitalizadas por causas acidentais no Brasil”. Essa preocupante estatística é da Erika Tonelli, coordenadora geral do Instituto Bem Cuidar, braço de conhecimento da Aldeias Infantis SOS Brasil e responsável pela continuidade do legado da ONG Criança Segura.
Além das crianças, essa é uma situação muito comum e que qualquer um de nós está sujeito a se deparar, ou seja, presenciar ou ser vítima de engasgo. Independentemente da circunstância, o socorro imediato é fundamental para salvar a vida de alguém que está com as vias respiratórias obstruídas e com dificuldade para respirar. De acordo com relatos do Corpo de Bombeiros, a maioria dos casos é ocasionada por alimentos sendo que aproximadamente 95% dessas mortes infelizmente ocorrem dentro de casa.
É importante lembrar que no idoso, devido ao envelhecimento, perde-se massa muscular e esta perda compromete também os músculos que atuam na deglutição, causando frequentes engasgos.
“Todos os dias, oito crianças morrem e
outras 288 são hospitalizadas por
causas acidentais no Brasil”
Em situações como essas, a ajuda de um leigo pode salvar a vida da vítima. Chamo a atenção sobre a necessidade de qualquer pessoa aprender os primeiros socorros, reforçando a importância de se conhecer as manobras simples e estar apto para agir quando necessário. Geralmente, os adultos costumam se engasgar com alimentos e até mesmo com comprimido. É importante ressaltar que se a criança ou adulto/adolescente estiver consciente deve-se realizar a manobra de Heimlich, procedimento que induz a vítima a uma tosse artificial, para expelir o corpo estranho e assim desobstruir a via aérea.
Devemos observar também sinais de obstrução total da via aérea por corpo estranho. São eles: Sinal universal do engasgo (mãos no pescoço); impossibilidade de falar ou chorar; troca de ar insuficiente ou inexistente; tosse fraca e ineficaz ou nenhuma tosse; ruído agudo durante a inspiração ou nenhum tipo de som; dificuldade respiratória crescente; e cianose (pele azulada).
Se a vítima parar de responder, ligue imediatamente para o 192. Enquanto isso, coloque a vítima no chão e inicie a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), começando pelas compressões torácicas e continue a RCP até a chegada do serviço médico. Fica o alerta.
* Instrutor do curso Suporte Básico de Vida e criador do aplicativo My Heart Safe
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
Veja também:
Especialista da FSFX ensina técnicas de desengasgo em crianças
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
