
19 de julho, de 2022 | 10:00
Associação atua no combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes
Stéphanie Lisboa
Dolores Vieira, educadora social, Raiane Viana, psicóloga e Glauciene Rodrigues, conselheira CMDCA, realizam um trabalho preventivo com crianças e adolescentes na associação

Promover ações de combate e prevenção ao uso de drogas por crianças e adolescentes. Esse é o objetivo do Julho Branco”. Em Ipatinga, a Associação Centro de Convivência Espaço da Família (ACCEF) tem colocado em prática um trabalho voltado para essa demanda. Trabalhamos esse tema durante todo o ano e no mês de julho a gente intensifica mais as ações”, disse Cecília Alves, coordenadora da ACCEF.
A organização não governamental que atende atualmente 63 crianças, com idades entre 5 e 17 anos, de bairros como Canaã, Vila Celeste, Vale do Sol e Canaãzinho, tem levado conhecimento para crianças, adolescentes, família e comunidade.
Muitos adolescentes falam assim: eu preciso usar para ver como é. Estamos trabalhando que não é preciso usar e nem experimentar, o que vai fazer você saber sobre ela são as informações. E é isso que a gente tenta fazer aqui na ACCEF, passar informação”, explicou Cecília.
Atividades
Stéphanie Lisboa
Em referência à campanha Julho Branco, foi montado um painel com algumas das atividades realizadas pelas crianças na ACCEF

Para que as orientações alcancem o público ao qual é destinada, a equipe que compõe a associação se preocupa em preparar atividades voltadas para cada faixa etária. A gente trabalha de acordo com aquela idade. Então cada idade a gente traz de uma forma que eles vão entender”, destacou Dolores Vieira Pereira, educadora social.
Uma das tarefas desenvolvidas é a atividade temática. Eles sentam numa roda, falam sobre o tema, eles trazem exemplos, a vivência no território, a vivência em casa”, detalhou Cecília.
Uma das preocupações dos profissionais que trabalham o assunto é trazer reflexões. Se você chegar e falar: não pode, é proibido... Eles sabem. Só que fazê-los pensar, trazer de uma forma lúdica, para depois sair e refletir, eu acho que atinge mais o objetivo”, reforçou Dolores.
Tabu
Falar sobre o tema acaba se tornando um tabu, principalmente para os pais, que se sentem inseguros e apreensivos em abordar o tema. A psicóloga da associação, Raiane Viana de Souza, esclarece que é necessário conversar sobre o assunto. Eles têm que conversar e o importante é que seja desde criança”, orientou.
É o que também destaca a coordenadora da ACCEF. Tem pessoa que acha assim: vou falar sobre o assunto e vou incentivar. Não é verdade. As pesquisas demostram que você precisa falar para prevenir”.
Por esse motivo, a associação quer orientar também as famílias. A gente vai fazer um trabalho no fim do mês com os pais, com os idosos, com o grupo de mulheres que nós temos aqui, justamente porque a gente sabe que é importante eles terem conhecimento sobre o assunto”, afirmou Cecília.
Responsabilidade
E não são apenas os pais que devem se sentir responsáveis quanto às orientações e alertas. Toda comunidade é responsável. Lógico que o pai e a mãe têm uma responsabilidade maior por ser o responsável por eles, mas todos nós temos que ter esse olhar para a criança, esse olhar diferenciado para a criança”, declarou Glauciene Rodrigues da Silva, conselheira do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
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Katia Cristiane de Souza Almeida
20 de julho, 2022 | 09:08? a melhor instituição que conheci. A responsabilidade e o carinho com que eles trabalham e o amor também é incondicional. Amo muito essa instituição ACCEFE.”