16 de julho, de 2022 | 08:07

Coronel Fabriciano tem um caso suspeito de varíola dos macacos

SES-MG declarou que estado tem 24 casos da doença confirmados e outros 24 estão em investigação

Centro de Microscopia e Laboratório de Vírus da UFMG
Imagem microscópica do monkeypox vírus isolado por pesquisadores da UFMG e da Funed; em tom rosado aparecem os vírusImagem microscópica do monkeypox vírus isolado por pesquisadores da UFMG e da Funed; em tom rosado aparecem os vírus

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, no dia 29 de junho deste ano, o primeiro caso de varíola dos macacos no estado. Desde então, passados 17 dias, o número de registros da doença já saltou para 24. “Dados do estado atualizados na sexta-feira, 15 de julho, às 11h, registram 24 casos de monkeypox confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed)”, informou a SES, se referindo à doença na língua inglesa. Na mesma nota, a pasta também comunicou que 29 casos foram descartados e que outros 24 estão em investigação em Minas. Um deles é do Vale do Aço.

Casos confirmados

Belo Horizonte já confirmou 20 casos da doença e ocupa o primeiro lugar em número de registros no estado. Governador Valadares contabiliza um caso até aqui, assim como o município de Mariana. Sete Lagoas já conta com dois registros.

“Os casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos, em boas condições clínicas. Há um caso em internação hospitalar para isolamento. Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados”, esclareceu a Secretaria.

Ainda segundo a nota, apenas o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária.

Casos suspeitos

Em todo estado há 24 casos suspeitos, um deles está no Vale do Aço, em Coronel Fabriciano. Os outros 23 estão espalhados por Belo Horizonte (10), Betim (1), Brumadinho (1), Contagem (1), Governador Valadares (2), Porteirinha (1), Prudente de Morais (1), Raul Soares (1), Ribeirão das Neves (1), Santa Luzia (1), Uberlândia (2) e União de Minas (1).

Isolamento do vírus

Com o objetivo de realizar estudos sobre a doença, cientistas do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB/UFMG) isolaram o vírus causador da varíola dos macacos (monkeypox).

Em nota, enviada ao Diário do Aço, a Funed destacou a importância do procedimento. “Permitirá melhor compreensão da doença e, consequentemente, tomadas de decisão mais assertivas em relação ao controle epidemiológico da doença no estado”, diz o texto.

A professora titular do Departamento de Microbiologia do ICB da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Erna Geessien Kroon, integrou a equipe que atuou no procedimento. Ela contou que o trabalho se iniciou mesmo antes da chegada dos primeiros casos em Minas Gerais. “Com o treinamento das equipes, compra de insumos”, detalhou.
Erna explicou um pouco do procedimento: “O isolamento do vírus corresponde a conseguir multiplicar este vírus em células em laboratório, isto é, fora do organismo humano neste caso”, disse.

A doença

Causada pelo monkeypox vírus, a varíola dos macacos provoca febre, dores de cabeça e no corpo, fadiga, lesões cutâneas (ferimentos na pele) e inflamação de linfonodos. A doença pode ser transmitida por contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele, além de fluidos corporais e objetos contaminados.
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