15 de julho, de 2022 | 10:00
Coren-MG comemora aprovação da PEC do piso nacional da enfermagem em 2º turno
Arquivo pessoal
''Eu acho que o essencial, este ano, nós já estamos garantindo que é a vitória para o piso salarial'', declarou Maria do Socorro

Os profissionais de enfermagem conseguiram dar mais um passo rumo ao tão almejado piso nacional da categoria. Na quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou, em 2º turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Piso da Enfermagem (PEC 11/22).
A aprovação foi recebida pelo Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) como uma resposta a anos de luta. Mais do que uma vitória, essa conquista representa uma justiça que, hoje, a classe política propicia para a enfermagem, que há mais de 30 anos vem buscando a sua referência salarial”, declarou Maria do Socorro Pacheco Pena, presidente em exercício do Coren-MG.
Importância da PEC 11/22
De autoria do Senado, a PEC determina que uma lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.
A PEC 11/22 foi elaborada para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20. Sem a PEC, o PL 2564/20 poderia ser vetado pelo presidente com o argumento de que projeto sobre aumento da remuneração de servidores públicos só pode ser proposto pelo Poder Executivo.
A aprovação da PEC era extremamente importante para que houvesse uma segurança jurídica para o nosso PL 2564/20. Estabelecendo isso em Constituição, possibilita que todos os profissionais de enfermagem tenham direito a este piso salarial”, esclareceu.
Trâmites
Após a aprovação em 2º turno, agora a PEC deve ser promulgada em forma de emenda constitucional em sessão do Congresso Nacional. Mas, para que o piso seja válido é necessário que o PL 2564/20 vire lei. Para que realmente haja uma concretização formal do piso salarial, a PEC vai ser promulgada. Após a promulgação o Projeto de Lei vai ser encaminhado ao presidente da República para sanção”, explicou Maria do Socorro.
Recursos
Para que o projeto seja sancionado, a busca pela fonte de recursos é fundamental. É importante ressaltar que ainda é necessário que os políticos de uma forma concreta, com celeridade, identifiquem as fontes de custeio para o piso evitando que empresários e governantes não consigam cumprir com essa nova referência salarial”, reforçou Maria do Socorro.
Contracheque
Para a presidente em exercício do Coren-MG, o pagamento do piso ainda deve levar mais algum tempo. Eu acho que o essencial, este ano, nós já estamos garantindo que é a vitória para o piso salarial. Agora o cumprimento deste piso, ou seja, esse piso chegar ao contracheque ainda teremos, principalmente para a rede pública, que esperar mais um pouco”, explicou.
Mais lutas
Maria do Socorro disse aos colegas de enfermagem que a luta não se encerrará com o piso. Ainda temos muitas pautas importantes como descanso digno, aposentadoria especial e, a partir de uma união e de um diálogo e articulação política, conseguiremos”, concluiu.
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Anonimo
17 de julho, 2022 | 16:39Em primeiro lugar , levemos em consideração o que há de mais pertinente no nosso cenário atual , a má organizaçao e administraçao do nosso país . Acredito que um país com riquezas naturais tem sim condiçoes financeiras de oferecer um salario digno , pros trabalhadores que cuidam das pessoas em alguns de seus piores momentos ( doenças ) e que essa desculpa de que nao há fundos ou de que nao sabem de onde vao tirar .. vamos ser mais sensatos um pouco só , auxilio paleto ? auxilio terno ? .. Mais pra quem cuida , da banho , medica , entra em uma PCR de minutos e ate horas as vezes , quem zela e cuida pela saúde das pessoas , nao há "fundos" ?? Nos recordemos por um instante da época de estouro da pandemia , onde mal sabíamos como deveríamos agir com paciente com COVID , nao só aqui no Brasil , como no mundo , e nao só a enfermagem , mais tambem outras areas foram linha de frente nessa guerra .. a policia tem seu piso , os bombeiros tem seu piso , os professores .. nao desmerecendo profissao alguma , ate porque todas sao dignas e indispensaveis , mais eu encarecidamente gostaria de pedir para pensarem com mais carinho , pois a enfermagem , faz parte de uma equipe multidisciplinar .. onde o medico em grande maioria dos lugares , ganha seu salario mensal em apenas 1 * UM * plantao de 12 horas .
É facil jogar a ideia de que nao tem fundos para custeiar o piso da enfermagem .. e nao que seja peso , pois acredito no livre arbitrio , onde cada um escolhe oque e quando fazer , mais reforçando a ideia , de que somos nós que damos banho , medicamos , participamos ATIVAMENTE em uma RCP , acredito que essa profissao merece SIM uma valorização !
Panelaço e " herois da enfermagem " !”
Josee
16 de julho, 2022 | 07:59o povo que passe fome para pagar os salários dos valoroso funcionários públicos. uma classe superior.
até onde eu sei, se um emprego não esta bom o suficiente, pode-se mudar de emprego, ninguém é obrigado a trabalhar por pouco.
errado é obrigar o pobre a pagar mais caro por um serviço que ele não tem a opção de não pagar.”
Tião Aranha
15 de julho, 2022 | 23:12Talvez, de novo, com a "esquerda" no poder, as leis aprovadas em prol dos trabalhadores possam a ser cumpridas. Porque a democracia aqui corre sério risco, e só pode ser retomada através do voto livre. Sem o auxílio das bolsas assistenciais aprovadas a toque de caixa em períodos de campanha. O décimo quarto salário dos aposentados, tb inconstitucional - só ficou na promessa. Risos.”
Jorge
15 de julho, 2022 | 15:17Somente a classe dos enfermeiros poderão fazer compras, enquanto a classe D/E paga a conta com aumento de impostos.”
Gildázio Garcia Vitor
15 de julho, 2022 | 15:00Inocentes! Não sabem de nada. Os Professores, temos, já faz tempos, o Piso Nacional do Magistério. Quem paga? Nem o rico estado de Minas e nem o riquíssimo Município de Ipatinga.”