10 de julho, de 2022 | 07:30
Vale do Aço registrou 122 ocorrências de incêndios florestais no primeiro semestre do ano
Enquanto em Minas Gerais, houve 5.736 ocorrências desse tipo, no mesmo período citado.
Desde a chegada do inverno, cresceu a preocupação com as queimadas, já que o clima seco prevalece nessa estação, contribuindo para a propagação das chamas na vegetação. Conforme dados do 11º Batalhão do Corpo de Bombeiros, de janeiro a junho deste ano já foram registrados 122 incêndios florestais no Vale do Aço. Enquanto em Minas Gerais, houve 5.736 ocorrências desse tipo, no mesmo período citado.
Em comparação com os dados do ano passado, houve uma redução do número de incêndios florestais no Vale do Aço. A região teve 126 ocorrências de janeiro a junho de 2021 e Minas Gerais registrou 8.195. Apesar dessa diminuição, é necessário manter o alerta ligado para as queimadas, principalmente, no mês de julho.
Período de estiagem
Em entrevista ao Diário do Aço, o capitão do 11º Batalhão do Corpo de Bombeiros, Leonardo Schirm, destacou que desde abril ocorre o período de estiagem, que na climatologia corresponde ao período de menor volume e quantidade de precipitações. Essa característica favorece com que a vegetação fique mais seca e vulnerável a ocorrências de incêndios florestais. Em todo estado, foi observada uma redução de 30% no número de ocorrências relacionadas aos incêndios florestais. No Vale do Aço, não foi observada uma redução significativa nos números se comparado ao período de janeiro a junho de 2021 com o mesmo período de 2022”, afirmou.
Pico
O capitão Leonardo Schirm destacou que o mês de julho é, historicamente, caracterizado pelo pico de ocorrências de incêndios florestais, que ocorre no meio do período de estiagem. A partir deste mês, os cuidados devem ser redobrados para evitar que ocorram focos de incêndio, seja na área rural ou na área urbana”, afirmou.
Ações necessárias
Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, as ações necessárias para que não ocorram grandes incêndios nas áreas rurais estão relacionadas com a necessidade de os proprietários rurais confeccionarem os aceiros no entorno de suas propriedades. Os aceiros são faixas de terra, onde não há vegetação, que devem ser feitos nas regiões limítrofes das propriedades.
Importante ressaltar também que pessoas que têm o hábito de acampar, devem ter atenção na confecção de fogueiras e, principalmente, ao fim dessas atividades, quando é preciso certificar de que a fogueiras estejam totalmente apagadas. Isso pode ser feito por meio da utilização de água ou enterrando as brasas e restos de madeira queimada”, explicou.
Limpeza
Leonardo Schirm também ressaltou que as limpezas de terreno, onde há vegetação, devem ser feitas por meio de técnicas mecânicas e jamais com a utilização do fogo, que na maioria dos casos, causa os incêndios florestais. As penalidades para as pessoas que colocam fogo em terreno, seja para limpeza ou descuido mesmo, poderá ocorrer nas esferas cível e criminal, respondendo por danos ou até por morte, além das implicações ambientais”, afirmou.
Socorro
Em casos de emergência, o capitão informou que a população deverá entrar em contato com o Corpo de Bombeiros Militar pelo número 193, identificando-se e passando a real situação do local para que o Corpo de Bombeiros possa deslocar e combater as chamas.
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