05 de julho, de 2022 | 09:25

MPMG denuncia torcedor da Galoucura por homicídio qualificado de integrante da Máfia Azul

Consta na denúncia que Y.R.P.O. sacou arma de fogo que portava ilegalmente e atirou contra a torcida rival

Reprodução
Rodrigo Marlon tinha 25 anos e deixou um filho de cinco anos Rodrigo Marlon tinha 25 anos e deixou um filho de cinco anos

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra Y.R.P.O. pelo homicídio qualificado de Rodrigo Marlon, torcedor do Cruzeiro de 25 anos, no dia 6 de março, em Belo Horizonte. O denunciado era integrante da torcida organizada Galoucura e atirou contra a vítima num confronto com a Máfia Azul, antes do jogo entre Atlético e Cruzeiro. O denunciado também atingiu a vítima P.H.F, que sofreu lesões corporais.

Segundo a denúncia do Ministério Público, integrantes da Galoucura Zona Leste combinaram um encontro no bairro Boa Vista, antes do jogo entre Atlético e Cruzeiro, que ocorreria no Mineirão. Nas proximidades do local do encontro, havia uma distribuidora de bebidas, onde os torcedores compravam bebidas e conversavam.

Por volta das 11 horas, um grupo de torcedores da Máfia Azul chegou ao local, atirando pedras, porretes, pedaços de pau e artefatos explosivos artesanais contra os torcedores atleticanos, que revidaram nos mesmos moldes, criando uma briga generalizada.

Consta na denúncia que Y.R.P.O. sacou arma de fogo que portava ilegalmente e atirou contra a torcida rival, matando Rodrigo Marlon, e atingindo P.H.F. Após os crimes, ele ainda apontou a arma novamente em direção a outros torcedores rivais, sendo impedido pelos colegas de torcida de atirar novamente.

Rodrigo foi ferido no tórax durante o confronto. Ele chegou a sofrer uma parada cardíaca, foi reanimado e encaminhado em estado grave ao Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. O torcedor deixou um filho de 5 anos.

A denúncia considerou que os crimes contra Rodrigo e o sobrevivente, P.H.F. foram cometidos por motivo torpe e podem ser definidos como crimes de ódio, praticados com recurso que dificultou a defesa das vítimas, que não poderiam esperar que houvesse uso de armas de fogo por integrantes da torcida rival. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.
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