01 de julho, de 2022 | 07:15

Vale do Aço gera 4.091 empregos de janeiro a maio de 2022

De acordo com os resultados, o Setor de Serviços e a Construção Civil puxaram o emprego no Vale do Aço de janeiro a maio de 2022, gerando 3.399 postos com carteira assinada somente na RME

Impulsionados pelo setor de Serviços e pela Construção Civil, Ipatinga e Belo Oriente puxam a geração de emprego na região, nos cinco primeiros meses do ano. Com a divulgação, terça-feira (28), dos resultados de maio do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Ipatinga, consolidou os dados do mercado de trabalho dos cinco primeiros meses (janeiro a maio) de 2022.

No total, foram gerados 4.091 empregos com carteira assinada em toda a Metropolização, dos quais, 2.114 novas vagas na Região Metropolitana oficial (RMVA), 3.831 na Região Metropolitana Expandida (RME) e 260 no Colar Metropolitano Contraído (CMC), de acordo com a tabulação e os cálculos do geógrafo William Passos, que também integra a Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

Integram a RMVA os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo. Já a RME é formada pelos quatro municípios da RM mais Belo Oriente e Caratinga, enquanto o CMC é integrado por Açucena, Antônio Dias, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Córrego Novo, Dionísio, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo d'Água, São João do Oriente, São José do Goiabal, Sobrália e Vargem Alegre.

Setores
De acordo com os resultados, o Setor de Serviços e a Construção Civil puxaram o emprego no Vale do Aço de janeiro a maio de 2022, gerando 3.399 postos com carteira assinada somente na RME. No caso dos Serviços, o subsetor Informação, Comunicação, Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, no qual se concentram, entre outras atividades, corretoras imobiliárias e serviços de escritório e apoio administrativo, foi o responsável pela abertura de 1.322 novas vagas com assinatura em carteira, enquanto na Construção Civil, os subsetores Obras de Infraestrutura e Construção de Edifícios abriram 1.109 novos postos de trabalho formais.

No recorte municipal, Ipatinga e Belo Oriente lideraram a geração de empregos formalizados, abrindo 2.950 vagas com carteira assinada do Vale do Aço de janeiro a maio de 2022. Ipatinga abriu 1.727 novas oportunidades de emprego e Belo Oriente, na RME, criou 1.223 novas vagas. Coronel Fabriciano formalizou 433 novos contratos e Santana do Paraíso, gerou saldo de 99. Na RME, Caratinga abriu 494 novas vagas. Somente Timóteo, que registrou saldo líquido negativo de 145 novos empregos, não conseguiu criar novas oportunidades no mercado de trabalho formal no acumulado dos cinco primeiros meses do ano.

Colar Metropolitano
No CMC, os resultados continuam surpreendendo. A geração de novos empregos formais em maio dobrou em relação ao mês anterior. Em abril haviam sido registrados 67 novos empregos formais no conjunto formado pelos 22 municípios de economia menos dinâmica no Vale do Aço. Em maio, porém, este número dobrou para 124 novos contratos com carteira assinada. Com isso, o saldo de vagas no acumulado entre janeiro e maio de 2022 alcançou 260 novos empregos formais entre os municípios mais dependentes das prefeituras no Vale do Aço.

Para o geógrafo William Passos, que coordenou o levantamento, além de surpreendente, o desempenho dos municípios do CMC é extraordinário. “Tratam-se de municípios com muita ocupação informal, com destaque para o trabalho autônomo ou por conta própria, e altamente dependentes das prefeituras, seja por meio da geração de emprego direto, por concurso público ou contrato temporário, seja indiretamente, com a realização de compras ou as contratações de obras ou prestações de serviços. O desempenho dos municípios do que eu chamo de Colar Metropolitano Contraído neste ano de 2022 tem sido extraordinário. 260 novos empregos formais no acumulado do ano é um número para ser comemorado. Tratam-se de empregos com carteira assinada, direitos trabalhistas e que ajudam aumentar a arrecadação tributária, não apenas das próprias prefeituras, mas também do estado e do país como um todo”.

Com estes resultados, ao fim de maio de 2022, apenas os quatro municípios da RM somavam 101.838 trabalhadores formais. Os seis municípios da RME contabilizavam 128.245 contratos com carteira assinada e os 22 municípios do CMC agregavam 9.836 registros trabalhistas formalizados. Com isso, o mercado de trabalho do Vale do Aço passou a totalizar, com o encerramento do quinto mês do ano, 138.081 trabalhadores com carteira assinada e todos os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o terceiro maior mercado de trabalho de Minas Gerais, somente atrás da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do conjunto regional formado pelos municípios do Triângulo Mineiro.

Entretanto, como lembra o coordenador do levantamento, o geógrafo William Passos, é importante ponderar que estes números não estão consolidados. “As empresas têm até 12 meses para fazer a declaração do Caged fora do prazo. À medida que as informações fora do prazo vão chegando, o Ministério do Trabalho e Previdência vai atualizando os meses para trás. Os números consolidados só sairão mesmo no segundo semestre do ano que vem”.