29 de junho, de 2022 | 18:59

Em agenda na Fiemg, Zema concedeu entrevista e falou sobre assuntos variados

Bruna Lage
Governador concedeu entrevista à imprensa antes de sua presença no evento Governador concedeu entrevista à imprensa antes de sua presença no evento


O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve no Vale do Aço nesta quarta-feira (29), onde cumpriu agendas diversas. Durante uma delas, na Fiemg Regional Vale do Aço, em Ipatinga, ele conversou com a imprensa regional, momentos antes de entregar títulos fundiários na 6ª Conferência Metropolitana da Região Metropolitana do Vale do Aço. A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço (ARMVA) celebrou os seus 10 anos de criação durante a cerimônia, ocorrida no auditório daquele espaço.

Pela manhã, Zema esteve em Coronel Fabriciano para anunciar ampliação do SAMU Leste/Vale do Aço. À tarde, ele participou da solenidade de inauguração da UTI Pediátrica que vai funcionar nas dependências do Hospital e Maternidade Vital Brazil (HMVB) e do Centro de Terapia Renal Substitutiva, que funcionará em uma Unidade de Hemodiálise construída pela Fundação São Francisco Xavier no Bairro Timirim. Além da presença na Fiemg.
Zema disse ter ficado extremamente satisfeito com os incrementos no hospital. “E aqui estamos tendo a satisfação de entregar títulos fundiários. Sempre friso aos prefeitos que nada gera um impacto tão grande na dignidade e também na economia das pessoas, do que esses títulos de regularização fundiária. Temos dado total apoio às prefeituras, já homologamos diversas empresas que hoje fazem esse tipo de trabalho, com cada vez mais agilidade e com custo menor, destacou.

Avanço
O governador salientou que o estado tem avançado muito, quase 1000 títulos foram entregues durante a solenidade desta quarta-feira “e isso multiplicado no estado, gera um impacto muito grande. Além do econômico, é também a satisfação das pessoas. Você vê pessoas que muitas vezes ficaram aguardando, em alguns casos, mais de 40 anos. Moraram praticamente a vida toda sem a certeza se aquele imóvel poderia ser ou não reclamado. Você vê como as pessoas mudam a partir do momento em que essa entrega é feita”, relata.

Agência Metropolitana
Romeu Zema falou sobre a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço. “Ela e a Agência de Belo Horizonte são as únicas existentes em Minas Gerais. Uma região metropolitana precisa crescer com regras comuns. Quando o município pensa alguma questão de zoneamento urbano, completamente distintas do município vizinho, pode ter um crescimento desordenado. Questões de alíquotas de IPTU, tudo isso deve ser considerado, transporte, vias públicas, etc. Se cada um fizer as avenidas que achar melhor, sem saber o plano da cidade vizinha, pode ter um prejuízo grande no transito. Essa coordenação que a agência metropolitana traz é de extrema importância para que a população possa ter uma vida melhor e a região desenvolver de maneira mais ordenada”, avalia.

Bruna Lage
Evento foi realizado no auditório da FiemgEvento foi realizado no auditório da Fiemg



BR-381
Questionado sobre a BR-381, Romeu Zema afirmou que tem cobrado do governo federal desde o início de sua gestão, insistentemente, assim como a concessão e, consequentemente, a duplicação. “Porque a duplicação virá, assim que for concedida. Quem for concessionário vai se comprometer a fazer grandes investimentos, principalmente, na duplicação. Infelizmente, o leilão dessa BR foi realizado há cerca de quatro meses e deu vazio. Nós estamos tendo nesse momento um grande preço do petróleo, consequentemente, do asfalto, do diesel e do concreto, que são insumos para realizar essas obras. E vimos que os investidores e interessados estão com muito receio de fazer esse investimento”, contextualizou.

Entretanto, diante desse cenário, Zema adianta que ele e o governador Casagrande (José Renato, do estado do Espírito Santo), que também tem um grande interesse na duplicação da BR-381, fizeram uma proposta para o Ministério da Infraestrutura, que Minas e Espírito Santo, em conjunto, contribuirão via acordo de Mariana - que sairá nos próximos 30 a 60 dias-, com R$ 2 bilhões.
“Para colocarmos de pé esse projeto de concessão da BR-381. Então, com isso, fica praticamente definido, que assim que houver uma nova concessão, tendo esses investimentos adicionais dos dois estados, esse projeto se tornará viável”, assegura.


Piso salarial dos professores é pago proporcionalmente, segundo Zema


Sobre o que impede de pagar o piso salarial dos professores e do aumento dos servidores da forças de segurança, Romeu Zema respondeu ao Diário do Aço que, em ano eleitoral, gostaria muito de ter dado um aumento de 30%, como governos passados já fizeram, mas disse que estaria indo contra a matemática.

“Eu tenho secretário da Fazenda, que faz projeções contínuas sobre como será a previsão de entradas e saídas de caixas do estado. E eu tenho essas projeções que me apontam que qualquer aumento acima de 10% fica insustentável. Adianta alguém assumir prestação que depois não vai ter condição de pagar? Acho que estará plantando problema para o futuro. Eu poderia numa irresponsabilidade eleitoral fazer isso. Seria muito conveniente. Eu empurrava com a barriga, depois atrasava e me ajudaria a ganhar a eleição. Mas eu não penso dessa maneira, eu penso com responsabilidade”, frisa.

Além disso, aponta, existe a questão da lei de responsabilidade fiscal. “Minas Gerais, quando eu assumi, gastava 67% da receita com folha de pagamento, nós reduzimos para 49% e ainda está acima do limite prudencial. E a lei é clara. Quem gasta ainda 49% de receita com folha de pagamento, não pode conceder aumentos diferenciados. Se conceder aumento, tem que ser único e igual para todas categorias e limitado ao IPCA do ano anterior, que foi 10%, que nós concedemos”, ressalta.

Com relação aos professores, salienta, há uma decisão judicial que precisa obedecer. Conforme o texto, todos professores de Minas Gerais têm de receber o piso salarial. “Que nós pagamos, proporcional a carga de trabalho. Então, se nós temos hoje professoras que trabalham 40 horas, elas recebem o piso. Agora, se elas trabalham 24 horas, elas recebem o piso proporcional às 24 horas. Hoje eu posso afirmar que o piso é pago proporcionalmente. Agora, eu vejo que alguns sindicalistas, alguns parlamentares, em ano de eleição, estão querendo fazer uma bandeira dessa questão. Será que é justo pagar para quem trabalha 15 horas, 20, ou 24 horas o mesmo para quem trabalha 40 horas? Então fica aí a interrogação”, indaga.
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Comentários

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Tião Aranha

30 de junho, 2022 | 16:00

“Chegou a hora de sair da toca, e de colher o que plantou. Se é que plantou. A mentira tem perna curta, pelo menos ele pagou em dia. Por onde tem passado, com os carros oficiais pretos andando em alta velocidade, e não tem havido nenhuma homenagem por parte do professorado. Pararam até com as greves. Há muito silêncio. Risos.”

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