Expo Usipa 2024 02 - 728x90

30 de junho, de 2022 | 12:00

Mais de mil pessoas morrem por dia por AVC ou infarto no Brasil

Luiz Guilherme Calderon *


O número de mortes no Brasil por doenças do coração é expressivo e assustador. Mais de 1.100 pessoas morrem por dia por doenças cardiovasculares, problemas do coração e da circulação. Isso significa que cerca de 46 pessoas morrem por hora, e uma pessoa morre a cada 1,5 minutos. Só em 2022, são mais 190 mil pessoas vítimas de paradas cardiorrespiratórias.

Durante a pandemia (e antes da vacinação), o número de mortes por parada cardíaca subiu 132%, aumentando ainda mais a estatística, segundo levantamento da Universidades Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima-se que até 2040 haverá um aumento de até 250% dessas mortes no país.

A morte súbita cardíaca acontece de forma instantânea, inesperada, causada pela perda da função do músculo cardíaco. Na maioria das vezes, ela está associada a dois tipos de miocardiopatia: hipertrófica, quando há um aumento no tamanho do músculo cardíaco e que causa arritmia; e displasia arritmogênica do ventrículo direito, quando as células do músculo cardíaco morrem e são substituídas por células gordurosas, sem relação com o alimento.

O fato é que existem muitos casos de arritmias cardíacas na população brasileira, principalmente em pessoas idosas. De modo geral, a arritmia cardíaca pode ser diagnosticada em qualquer pessoa, seja um recém-nascido, um jovem, um esportista, independentemente de faixa etária, sexo ou condição socioeconômica.

“a cada minuto que se passa sem
o socorro devido, a chance de uma vítima
se recuperar diminui em 7 a 10%”


Diante de tantas mortes vítimas de parada cardiorrespiratórias, diversas empresas privadas, ONG’s e associações, dão cursos de forma educativa, explicando à população leiga como realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar e a importância dos Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs) em locais públicos, como por exemplo aeroportos, escolas, e até mesmo nas ruas. Esses dados alarmantes podem diminuir com a ajuda dos socorristas voluntários e do treinamento de leigos no auxílio às vítimas em casa ou na rua.

Na maioria das ocorrências, a morte súbita pode ser reversível, se tratada rapidamente com um choque elétrico aplicado no peito, por um aparelho chamado DEA e associado a manobras de ressuscitação, como as compressões torácicas, popularmente conhecida como massagem cardíaca. Vale ressaltar que a cada minuto que se passa sem o socorro devido, a chance de uma vítima se recuperar diminui em 7 a 10%. A morte cerebral e a morte permanente ocorrem entre 4 e 6 minutos após a parada cardíaca. Fica o alerta.

* Faculty American Heart Association - International Training Center Tertius, CEO Terzius, vice-presidente do Grupo HNe

Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário