25 de junho, de 2022 | 09:30
Chegada do inverno traz de volta a ameaça dos incêndios florestais
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Esta semana uma equipe do Corpo de Bombeiros trabalhou por cerca de três horas no combate às chamas de um incêndio florestal às margens da BR-381
Esta semana uma equipe do Corpo de Bombeiros trabalhou por cerca de três horas no combate às chamas de um incêndio florestal às margens da BR-381
Nesta semana, no dia 21 de junho, o Inverno começou no Hemisfério Sul. Algumas características dessa estação do ano acabam contribuindo e, muito, com o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, observação feita inclusive, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em uma publicação do site.
A redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano é um dos fatores que facilitam as queimadas, como explica Leonardo Dias Schirm, capitão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que atua no 11ºBBM.
O período de inverno coincide com o período de menor incidência pluviométrica, o que favorece que a vegetação fique seca e suscetível a queima”, explicou o militar. E esse tempo seco pode ser longo. O período de estiagem tem início no mês de abril e se estende até o mês de setembro, ou outubro, dependendo do retorno das precipitações”, declarou.
Registros recentes
Na quinta-feira (23) os militares do 11ºBBM combateram, por cerca de três horas e meia, um incêndio em uma área de vegetação localizada às margens da BR-381, entre os bairros Parque Caravelas e Águas Claras, em Santana do Paraíso. Cerca de dois hectares de vegetação foram queimados. Aproximadamente dois campos de futebol”, comparou Leonardo Dias Schirm.
Ainda na BR-381, na noite desta quinta, próximo ao trecho onde estão localizados os motéis, em Ipatinga, leitores do Diário do Aço registraram mais um incêndio em área com vegetação.
De acordo com o capitão, atualmente os bombeiros têm atendido um número de ocorrências típicas para o período. É no fim do mês de julho, agosto e início do mês de setembro, que os números crescem com mais intensidade, ele informou.
Recomendações
Diante de um cenário que favorece a propagação das queimadas, o militar faz algumas recomendações. A população deve ficar alerta quanto a necessidade de ter atenção ao manuseio do fogo. Seja em sua propriedade rural ou nos locais de lazer, como camping, evitando que as chamas ou fagulhas caiam na vegetação e causem grandes incêndios”, orientou.
É importante destacar que a população tem grande responsabilidade sobre as queimadas, que podem ser provocadas até mesmo por um descuido. As causas dos incêndios florestais têm como fator preponderante a ação humana. Às vezes pelo descuido de manipulação de isqueiros, fósforos próximos a vegetação, fogos de artifício, as vezes pelo descuido com fogueiras e fogareiros em acampamentos, podendo ocasionar grandes incêndios na vegetação”, lembrou.
Prejuízos e riscos
Os incêndios florestais acabam gerando prejuízos incalculáveis. São os mais diversos possíveis, indo desde a destruição do solo, da flora, da fauna, podendo chegar a danos a pessoas e patrimônio”, indicou o bombeiro.
E quando essas queimadas são registradas às margens das rodovias e estradas há mais um risco. Trazem um risco grande para a circulação de veículos naqueles trechos, uma vez que a fumaça interrompe a visibilidade e um acidente pode ser ocasionado devido a fumaça”, explicou capitão Schirm.
Ações do CBMMG
O Corpo de Bombeiros tem se preparado, desde o início do ano, para o período de estiagem. Desde o mês de janeiro, o Corpo de Bombeiros já vem realizando ações junto à comunidade para o período de estiagem, seja por meio de orientações, palestras nas comunidades rurais, formação de brigadas públicas e particulares para auxiliarem e executarem o combate às chamas, além do mapeamento das áreas de risco da região”, contou o militar. Em caso de emergência, o recado é claro. Ligue 193 e acione o Corpo de Bombeiros”, orientou.
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