23 de junho, de 2022 | 18:00

Concluída a investigação sobre a morte de delegado na lagoa Tiririca

Arquivo Diário do Aço
Eduardo Vinícius, que tinha 35 anos, morreu afogado ao bater a cabeça no fundo da lagoaEduardo Vinícius, que tinha 35 anos, morreu afogado ao bater a cabeça no fundo da lagoa
A Polícia Civil concluiu o inquérito policial instaurado para apurar as circunstâncias da morte do delegado de Polícia Civil, Eduardo Vinícius de Carvalho, de 35 anos. No fim da tarde de 3 de abril passado, o corpo do policial foi encontrado na água da lagoa Tiririca – Park Praia Clube, no município de Córrego Novo, como acompanhou o Diário do Aço.

Na ocasião do fato, Eduardo teria passado o dia no clube onde se localiza a Lagoa Tiririca e, ao fim da tarde, foi encontrado boiando na água, já sem vida. O corpo foi resgatado por seguranças do clube e levado à areia, onde houve a tentativa de reanimá-lo, porém sem sucesso.

Policiais civis e militares estiveram no local do fato, onde foram realizados exames periciais e recolhidos alguns objetos em uma mesa localizada à beira da lagoa, indicando que a vítima ingeriu bebida alcoólica. No veículo do delegado, um VW Jetta, também foram recolhidos alguns materiais, inclusive uma arma de fogo e objetos pessoais.

O corpo da vítima foi removido ao Instituto Médico-Legal de Ipatinga e submetido a exame de necropsia, constatando-se que não apresentava lesões externas e que a morte foi causada por afogamento.

Os laudos dos exames periciais concluíram que a morte do delegado de polícia foi acidental e que não houve suicídio, mas que a vítima agiu de forma imprudente, se deslocando até o fim de um "deck" interditado e pulando de uma altura de aproximadamente 2,30m até a lâmina d´água. Ele não tinha a exata noção da profundidade no local, que era de apenas 50 centímetros, vindo então a se chocar contra o fundo de areia da lagoa, perdendo a consciência e se afogando.

A conclusão da forma como ocorreu o afogamento foi alcançada após toda análise dos peritos criminais, que examinaram o local do fato, e análise do médico-legista que, inclusive, explicou em seu laudo haver comprovações de que o “contato da pessoa com o fundo da lagoa pode não repercutir em lesão externa, mas pode causar transferência de energia suficiente ao pescoço para gerar a perda de consciência ou paralização do seu controle nervoso de maneira momentânea, impedindo a vítima de reagir naturalmente para se salvar, a qual se afoga em cerca cinco minutos com a ingestão da água doce”.

Também concluiu-se que o delegado de polícia poderia ter sido salvo se houvesse um guarda-vidas presente no momento em que Eduardo Vinícius pulou na água da lagoa e perdeu a consciência, vindo a se afogar.

Foi constatado que o responsável legal pelo clube não providenciou a presença de qualquer guarda-vidas na lagoa no momento do fato, mesmo com a presença de pessoas no local, sendo então o administrador legal do clube indiciado pelo crime de homicídio culposo por omissão imprópria, levando em conta que tinha por obrigação jurídica proteger as pessoas que frequentavam a lagoa do seu clube de eventual afogamento, deixando um salva-vidas a postos no local.

Ainda, foi encontrada uma arma de fogo no interior do veículo da vítima, arma que não pertencia ao delegado, pois ele estava afastado de suas atividades na PCMG. A investigação apontou que a arma foi cedida a Eduardo Vinicius por um terceiro, o qual também foi devidamente indiciado pelo crime previsto no artigo 14 (emprestar ou ceder arma de fogo) da Lei 10.826/2003 combinado com o artigo 14, I do Código Penal.

A Polícia Civil informou que o inquérito policial será enviado ao Ministério Público e à Justiça Publica para as demais providências legais acerca do caso.
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Comentários

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Cidadã Ipatinguense

23 de junho, 2022 | 20:05

“Meu ex vizinho faleceu há em 2018 e houve uma denúncia ao Ministério Público que ele foi asfixiado por um falsa cuidadora de idosos de Açucena. Até hoje sua família vizinhos e conhecidos estão sem saber o que de fato aconteceu com ele.cadê a Justiça?tratamento diferenciado devido à profissão?.Juízes e promotores responda-nos.”

Abroba

23 de junho, 2022 | 17:11

“Pergunta: se fosse uma pessoa comun, o clube seria responsabilisado? Brincadeira isso ...”

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