20 de junho, de 2022 | 17:00
Projeto de Ipatinga prevê licença a servidor que for convocado a participar do Tribunal do Júri
A proposta foi transformada em Projeto de Lei pela Mesa Diretora da Casa e aprovada em primeira instância na sessão ordinária desta segunda-feira (20)
A Câmara de Ipatinga é a primeira do Estado a aprovar projeto de lei que estabelece direitos a seus servidores, caso sejam convocados para fazer parte do Tribunal do Júri, em algum julgamento. O texto prevê licenciamento (folga) pelo dobro de dias destinados a serviço do júri. O benefício será viabilizado graças à proposta enviada pelo Ministério Público do Estado, por intermédio da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga.A proposta foi transformada em Projeto de Lei pela Mesa Diretora da Casa e aprovada em primeira instância na sessão ordinária desta segunda-feira (20). Nesta terça-feira (21), projeto semelhante entrará na pauta de votação e beneficiará servidores do Executivo.
O promotor de Justiça da 11ª, Jonas Júnio Costa, na Tribuna da Casa, destacou que é justo que esses servidores possuam alguma garantia, pois são fundamentais para o Tribunal do Júri, como aquele competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, como uma garantia de defesa do cidadão contra arbitrariedades”, disse.
O Tribunal do Júri é um órgão especial do Poder Judiciário, presidido por um juiz togado e formado por 25 jurados, dos quais sete são sorteados para compor o Conselho de Sentença, que possuem competência temporária para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, com decisão soberana a ser tomada de maneira sigilosa e com base na íntima convicção dos integrantes leigos.
Jonas explicou que a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público define que o MP pode sugerir ao Poder competente a edição de normas e alteração da legislação e que esta legislação, que também foi proposta a outros municípios do Vale do Aço e que cumprem um papel fundamental de desmistificar a figura do júri, tão democrática na previsão com um instrumento de participação direta do povo na administração da justiça”, acrescentou.
Para o vice-presidente da Câmara, Adiel Oliveira, a câmara saiu na frente e isso prova sensibilidade e diálogo para com os poderes constituídos e com os servidores que prestam um serviço tão relevante à justiça”, pontuou.
Conselho
O Conselho de Sentença é formado por cidadãos comuns, convocados por sorteio, constituindo serviço de natureza obrigatória, com obrigação imposta por lei, em sessões realizadas em dias úteis, sob pena de multa.
A função do jurado configura serviço público relevante, com presunção de idoneidade moral, de modo que o jurado somente poderá ser dispensado mediante decisão fundamentada do Juiz. Esses servidores são fundamentais e é importante que sejam beneficiados com legislação que os ampare”, salientou o promotor.
Proposta semelhante à da Câmara foi aprovada para contemplar os servidores do Executivo, tendo em vista que a Prefeitura de Ipatinga enviou à Câmara, proposta que estabelece os mesmos direitos aos servidores que exercem papel de júri para a Justiça e são trabalhadores da Prefeitura de Ipatinga.
Jonas Júnio Costa Linhares Monteiro elogiou a Câmara de Ipatinga, pela sensibilidade e rapidez com que acatou a sugestão de lei e comemorou a aprovação. Vamos buscar a mesma aceitação em demais municípios do Estado e também na esfera federal, e estamos nos mobilizando para isso”, concluiu o promotor. Estava agendada para a noite de segunda-feira a votação de outro projeto, com o mesmo teor, mas na cidade de Ipaba.
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Jaime
21 de junho, 2022 | 08:29Precisamos que as ruas seja sinalizadas as tintas que marca a sinalizacao no Chao da rua esta toda apagada a prefeirura de ipatinga ja recebeu o dinheiro do ipva e nada fez.”