18 de junho, de 2022 | 00:35

17ª Mostra de Ouro Preto vai exibir filmes de forma presencial e on-line

Fotos: Leo Lara/Universo Produções
Evento volta a acontecer com a presença de público na Praça Tiradentes, uma das atrações de Ouro Preto: preservação, história e educaçãoEvento volta a acontecer com a presença de público na Praça Tiradentes, uma das atrações de Ouro Preto: preservação, história e educação
Prestes a completar 310 anos, o município mineiro que é Patrimônio Histórico da Humanidade volta a receber a 17ª edição da CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto em versão presencial, depois de dois anos de realização on-line por conta da pandemia. O evento acontece na próxima semana, entre os dias 22 e 27 de junho, e leva para a cidade a tradicional série de atrações do único festival de cinema brasileiro dedicado a tratar o audiovisual como patrimônio e a oferecer uma estrutura de programação focada em três eixos temáticos: preservação, história e educação.

A 17ª CineOP terá programação presencial e on-line com acesso aberto e gratuito para o mundo. A programação está estruturada em três eixos temáticos - preservação, história e educação - e quem não puder estar em Ouro Preto para viver a temporada audiovisual recheada de atrações, vai poder assistir e participar de forma on-line da programação que estará disponível pela plataforma cineop.com.br. São filmes, debates, case de restauro e masterclass internacional com sinal aberto para o mundo, de qualquer dispositivo e de forma gratuita.

Programação intensa
Serão seis dias de programação intensa com todas as manifestações da arte e o público podendo, novamente, assistir aos filmes na sala de cinema e na praça, participar de debates, masterclasses internacionais, rodas de conversas, oficinas, sessões de cine-escola, lançamento de livros, exposição, atrações artísticas e várias outras atividades em dois espaços - o Centro de Artes e Convenções e a Praça Tiradentes.

As equipes de curadoria propuseram a temática geral “Preservar, transformar, persistir”, que vai permear as ações ao longo de toda a mostra. Entre as ideias está a de dar visibilidade a produções realizadas por cineastas indígenas, seus processos de realização, seus tipos de cinema, memórias, cotidianos, desafios e aprendizados e a reforçar a importância da memória como perspectiva para o futuro e um desafio à preservação.

Serão exibidos 151 filmes em pré-estreias e mostras temáticas (20 longas, 14 médias e 117 curtas-metragens), vindos de oito países (Brasil, Argentina, Bolívia, EUA, Israel, Peru, Rússia, Uruguai) e de 21 estados brasileiros (AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RR, RS, SC, SP) distribuídos em oito mostras - Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Mostrinha e Cine-Escola.

Espaço referencial de discussões e definições de profissionais e educadores, a CineOP volta a promover o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e o Encontro da Educação: XIV Fórum da Rede Kino. Entre diversas atividades previstas, desde seminários, exibições de filmes, palestras e masterclasses internacionais, serão 23 debates e rodas de conversa, com a participação de mais de 80 profissionais nacionais e internacionais.

Terra Farta
Divulgação
Cinema e realizadores indígenas são homenageados nesta edição do CineOPCinema e realizadores indígenas são homenageados nesta edição do CineOP
Abertura e homenagem
O evento oficial de abertura acontece na noite de 23 de junho (quinta-feira), às 19h30, na Praça Tiradentes, com performance audiovisual para apresentar as três temáticas de cada seção da CineOP (Histórica, Preservação e Educação) e homenagear os cineastas da etnia M’bya Guarani: Kuaray (Ariel Ortega) e Pará Yxapy (Patrícia Ferreira) com a entrega do Troféu Vila Rica.

O tributo deste ano surge a partir da forma como as questões culturais e políticas aparecem nos filmes de ambos, de naturezas distintas e pontuadas pela aproximação da urbanidade em relação às terras de seus povos. A dupla de realizadores é uma referência na produção dos povos indígenas, cada vez mais intensa e inserida em festivais e mostras de cinema. Para ilustrar suas obras, serão exibidos o média-metragem “Bicicletas de Nhanderú” (2011) e o curta-metragem “Nossos Espíritos Seguem Chegando - Nhe'e Kuery Jogueru Teri” (2021). Acompanhe toda a programação na web: www.cineop.com.br / www.universoproducao.com.br.
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