17 de junho, de 2022 | 16:10
PF diz não haver mandante das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips
Participação de outras pessoas no crime é tida como certa
TV Brasil
O avião da Polícia Federal (PF) que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips pousou, por volta das 18h30, de quinta-feira (16), no Aeroporto de Brasília
(Pedro Rafael Vilela Repórter da Agência Brasil)
A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (17) que a apuração sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips não trazem indícios de ter havido um mandante ou organização criminosa por trás das mortes.
Em nota divulgada à imprensa, a PF, que coordena o comitê de crise para investigação do caso, informou também que as diligências continuam e que, apesar de não haver mandante, outras pessoas devem estar envolvidas no crime e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.
Na quinta-feira (16), o avião da Polícia Federal que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pelo indigenista e pelo jornalista pousou, por volta das 18h30, no Aeroporto de Brasília. O material foi levado ao Instituto Nacional de Criminalística, onde será periciado para confirmação da identidade.
Os restos mortais foram encontrados durante buscas realizadas com a presença do pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado. Ele confessou a participação no desaparecimento e indicou o local onde os corpos foram enterrados, uma área de mata fechada a cerca de três quilômetros da calha do Rio Itaquaí, afluente do Rio Javari.
Diante da confissão, a PF foi até o local, onde foi realizada a reconstituição da cena do crime. A polícia também informou que a confissão só foi feita por Pelado. Outros homem preso, Oseney de Oliveira, o Dos Santos, disse não ter participação no assassinato. Pelado também nega que seu irmão tenha agido no caso.
Em nota, a União dos Povos do Javari (Unijava) disse que discorda da conclusão à qual chegou a PF. Segundo a entidade, foram repassadas informações sobre organizações criminosas que estariam atuando na região e que poderiam ser as responsáveis pelas mortes do indigenista e do jornalista. No documento, a União solicita que as investigações continuem e nenhuma hipótese seja descartada. Exigimos a continuidade e o aprofundamento das investigações. Exigimos que a PF considere as informações qualificadas que já repassamos à eles em nossos ofícios. Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari”.
Vítimas
Dom Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.
O local concentra o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.
O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região, e tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.
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Paulo
20 de junho, 2022 | 17:40Não tem mandante? Como o caso é de repercussão internacional lançaram essa. A Mariele já pra 4 anos e nada.”
Marcos Guimarães
18 de junho, 2022 | 08:27O Bruno e o Don, foram a "bola da vez"!
Desde que Bolsonaro armou o Homem do campo, legalizou as caçadas e as minerações irregulares em seus tórridos discursos e colocou armas nas mãos de pessoas, os crimes se multiplicaram em todo o Brasil, voltamos aos patamares das décadas de 90 onde as armas mataram mais pessoas que os acidentes de transito.
O Bruno era visado por "Plantar de Xerife "na região do Javari e ele peitava Narcotraficantes, Mineradores, madeireiras ilegais na região e tantas outras mazelas, muitos índios tiveram terras ocupadas e aldeias devastadas. Em 2021 estes índios estiveram em Brasilia se manifestando e acaso o Governo os ouviu?
Bruno trabalhou sem apoio da Policia federal ou das Forças Armadas, e o Executivo atual tratou com desdém o Jornalista Britânico que era a única arma a serviço da informação que gritava no interior da Amazônia e essa voz foi calada. Mais um Crime de responsabilidade nas mãos do Governo Federal.
Em ano Eleitoral, denuncias assim, viram o resultado das Urnas. O mesmo aconteceu com Adélio Bispo, não houve mandante e olha o resultado das Urnas.
É preciso apurar sim! Chega de mentir para o povo!
Onde está mesmo a filha da nossa Amiga Jacqueline de Coronel Fabriciano desaparecida desde 24 de Dezembro de 2021????”
José
17 de junho, 2022 | 21:03A Polícia Federal, já informou que o Sr. Don Philips, está confirmado como um dos corpos encontrados. Bom seria que a verdade fosse dita né? Os caras que cometeram esse (s) crime, bem que poderiam falar a verdade. Já estão "fudidos"... Falar onde foi... Como foi... Por que foi... Como fizeram... Seria assim, uma bela economia para todos. Tá um saco esse assunto. Sem contar que tem um monte de seres humanos desaparecidos no Brasil. Em Minas... No Vale do Aço e, ninquem fala nada!!! Devem ter menos importânca... Né?”
Gildázio Garcia Vitor
17 de junho, 2022 | 18:24Quanta eficiência! Parabéns! Nem a SWAT e a Yaman são tão boas assim. Podemos exportar o nosso know-how para o mundo.”