13 de junho, de 2022 | 09:31

Esposa de jornalista inglês afirma que corpos, do marido e de indigenista, foram encontrados no Amazonas

Reprodução álbum pessoal
Bruno (em pé) e Dom, faziam incursão na Amazônia desde 2018, desapareceram dia 5/6 e seus corpos foram encontrados neste domingo (12)Bruno (em pé) e Dom, faziam incursão na Amazônia desde 2018, desapareceram dia 5/6 e seus corpos foram encontrados neste domingo (12)
O embaixador brasileiro no Reino Unido informou à família do jornalista britânico Dom Phillips, por meio de uma ligação na manhã desta segunda-feira (13), que os dois corpos (do jornalista e do indigenista Bruno Pereira) encontrados na região de buscas do Vale do Javari, amarrados em uma árvore.

Em entrevista ao The Guardian, jornal britânico para o qual Dom Phillips trabalhava, o cunhado de Dom, Paul Sherwood, informou que o representante do governo brasileiro não informou o local e disse que ainda será preciso identificar os corpos encontrados.

“Ele disse que queria nos informar de que foram encontrados dois corpos. Ele não descreveu o local e apenas disse que foi no meio da floresta, que eles estavam amarrados em uma árvore e que ainda não tinham sido identificados”, contou Sherwood.

Antes mesmo que as autoridades confirmassem oficialmente, a mulher do jornalista, Alessandra Sampaio, já tinha afirmado que os corpos do seu marido e do amigo dele, o indigenista Bruno Araújo Pereira tinham sido encontrados e que faltavam exames da medicina-legal.

Ambos estavam desaparecidos havia mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, um local nas proximidades da fronteira com o Peru, tomado por garimpeiros e caçadores ilegais, além de narcotraficantes.

A Polícia Federal afirmou para Alessandra que os corpos precisavam ser periciados. Bruno e Dom tinham sido vistos pela última vez no dia 5 ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

Bruno Pereira, além de indigenista apoiava a causa indígena. Servidor federal licenciado da Funai, ele também dava suporte a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari ,(Univaja). Bruno também já tinha sido coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte.

Já, Dom Phillips, morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian. Ele trabalhava na produção de um livro sobre o meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Phillips e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o The Guardian.
Polícia Federal no Amazonas/Reprodução
Corpos foram encontrados no meio de uma mata Corpos foram encontrados no meio de uma mata

Já publiado:
Juíza decreta prisão temporária de suspeito em caso de desaparecimento no Amazonas

Pressão internacional

Sob pressão interna e internacional, o governo brasileiro tratou de intensificar as buscas aos dois desaparecidos e determinou que equipes da Marinha, do Exército e da Força Nacional de Segurança fossem enviadas à Atalaia do Norte para auxiliarem nas buscas iniciadas oficialmente no dia 6 de junho, um dia depois que foi noticiado o desaparecimento do jornalista e do indigenista .

O Governo do Amazonas também enviou uma força-tarefa da Secretaria e Segurança Pública do Estado composta por policiais civis e militares, além de mergulhadores do Corpo de Bombeiros. As buscas contaram, ainda, com o apoio de voluntários e comunitários e indígenas da região. (Com informações do site Amazônia Real e Agências).

Divulgação
Equipes das forças armadas e da polícia do Amazonas faziam buscas na área do desaparecimento desde o dia 6 de junho Equipes das forças armadas e da polícia do Amazonas faziam buscas na área do desaparecimento desde o dia 6 de junho


Objetos pessoais das vítimas foram encontrados domingo

A Polícia Federal no Amazonas divulgou, no começo da noite de domingo (12), que a força-tarefa encontrou, no rio Itaguaí, objetos pessoais dos dois desaparecidos. Sábado, uma embarcação que “aparentemente” pertenceria a Amarildo da Costa Oliveira, preso desde a terça-feira por suspeita de envolvimento no sumiço de Bruno e Dom, foi localizada na região.

“No esforço de busca foram percorridos cerca de 25 km, com procuras minuciosas pela selva, em trilhas existentes na região, áreas de igapós e furos do Rio Itaquaí”, informou a PF em nota à imprensa.

Segundo o comunicado, foram localizados um cartão de saúde, uma calça, um chinelo preto e um par de botas pertencentes a Bruno Pereira, e outro par de botas e uma mochila contendo roupas pessoais, de Dom Philips.

“Nada é mais importante do que a busca pelos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips. Os órgãos federais e estaduais reforçam o compromisso com a elucidação dos fatos e mantém a esperança de encontrá-los”, conclui a nota.

Também no domingo o coordenador do Corpo de Bombeiros em Atalaia do Norte (AM), Barbosa Amorim, disse à imprensa que sua equipe teve a “grata satisfação de ter êxito em encontrar uma mochila”, na qual havia um notebook e roupas.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Patriota

14 de junho, 2022 | 12:16

“? Veiver, que já foi O Observador, bolsonarista de carteirinha, me empreste a sua carapuça? Sentar no rabo, para falar do rabo alheio é muito feio.”

Viewer

13 de junho, 2022 | 16:40

“Incrível a incapacidade intelectual de alguns na tentativa sórdida de fazer looping com narrativas criadas a partir de motivações politicas.

Usam qualquer coisa para atacar opositores políticos.

Excelente comentário Indigenista, ignore os esquerdopatas, lhes falta o básico de discernimento.”

Carla Gomes

13 de junho, 2022 | 13:21

“O comentário desse "indigenista" nessa notícia é a mostra fiel dos "especialistas" que entopem a internet com suas opiniões fascistas. Onde que um país vai enviar Jornalista, ainda mais que trabalha para grandes órgãos de imprensa, para "mapear" o que todos já sabem, em larga escala, sobre a Amazônia?”

Patriota

13 de junho, 2022 | 12:23

“Os argumentos do "Indigenista" são uma verdadeira aula para bolsominions justificar o injustificável. Sugiro uma correção: o Reino Unido e outros países do Norte, principalmente os EUA, gostam mesmo é de enviar missionários cristãos para mapearem as nossas riquezas amazônicas. Jornalistas? Nunca ouvi falar. Vai que cola!”

Indigenista

13 de junho, 2022 | 09:50

“Perguntas que não se calam!

Qual o interesse do Reino unido em manter dentro do Brasil um camarada mapeando a Selva Amazonica, os povos e certamente as fontes de ouro , pedras preciosas e outros bens? Por que se eles foram mortos por Garimpeiros ilegais e Narcotraficantes, certamente estavam no caminho destas pessoas.
outra coisa,, o Bruno não era mais Funcionário da Funai e estava usando a Autoridade de Agente Federal para ameaçar as pessoas de prisão. Se ele não era mais um Agente Federal, por que estava passeando pelo Amazonas com esse papo furado de indigenista?
Bom mesmo as Autoridades de verdade terem entrado no caso e é bom mesmo investigar e saber quais informações estratégicas foram passadas para o Reino Unido.
Até antes deles sumirem num barco particular, que não é barco da Funai, ninguém sabia desta operação clandestina.
Eles entraram em conflito com o Narcotráfico, eles pagaram com a vida.”

Envie seu Comentário