12 de junho, de 2022 | 07:00
Bonito de ver
Fernando Rocha
A grande atração deste domingo será o confronto entre Vasco da Gama x Cruzeiro, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, no Maracanã, que vai receber mais de 60 mil torcedores.O Cruzeiro, líder absoluto, tem 84,8% de aproveitamento e o Vasco (3º) nada menos que 64%, formando ao lado do Bahia (2º) e do Sport(4º) o G-4, com o Grêmio (5º) correndo por fora em busca do almejado acesso à Série A.
Nenhum outro clube na história da Série B do Brasileiro chegou a esse desempenho do Cruzeiro na 11ª rodada, o que reforça mais ainda a boa fase do time comandado pelo técnico Paulo Pezzolano
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Melhor do que citar números positivos da campanha do Cruzeiro é ressaltar o acerto da equipe, sua formação tática que joga um futebol propositivo, sem se importar com o adversário ou com o mando de campo.
O time celeste terá hoje o principal teste desde o início desta Série B, contra um adversário, o Vasco da Gama, que, além de ter o mesmo tamanho, está bastante motivado. Mas o Cruzeiro nada tem a temer ou que o impeça de sair do Maracanã com outro resultado positivo.
Corda bamba
Sob forte pressão de todos os lados, o Atlético jogou noite passada contra o Santos, no Mineirão, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.
Uma derrota poderá significar a demissão do técnico Turco Mohamed e de toda a sua comissão técnica, e nem mesmo uma vitória servirá para acalmar a revolta da torcida, em razão da humilhante goleada sofrida na última quarta-feira, de 5 x 3, para o Fluminense, no Maracanã.
A lerdeza do time, sobretudo, a fragilidade do sistema defensivo, seu ponto forte na campanha vitoriosa do ano passado, deixam a torcida apreensiva e desconfiada quanto ao futuro da equipe nas diversas competições que disputa.
FIM DE PAPO
Para quem não torce para Galo ou Fluminense e aprecia o futebol espetáculo, o sapeca” de 5 x 3 do tricolor foi um prato cheio. Para a torcida do Galo, que não via o time perder por um placar semelhante desde os 6 x 1 para o rival Cruzeiro, em 2011, foi um pesadelo. As duas defesas estavam doidas para tomar gols, com destaque especial para a do Atlético, o que não é uma novidade. Os dois laterais foram horrorosos, mas o Mariano conseguiu a façanha de perder até na corrida para Ganso, jogador aposentado” há bastante tempo. O miolo de zaga - Natan e Alonso - foi péssimo dos péssimos. Até o Samuel Xavier, lateral que Osvaldo de Oliveira trouxe do Nordeste para o Galo e foi dispensado por deficiência técnica, deitou e rolou em cima da zaga atleticana.
E o Fábio, hein?! Fez uma lambança no primeiro gol sofrido, ao tentar fazer o que não sabe, que é sair jogando com os pés. Com a soberba de sempre, após o Flu fazer 2 x 0, achou que podia fazer bonito, entregou a bola de graça para Jair servir Hulk, que não perdoou e marcou. A torcida do Cruzeiro, que o tem como ídolo, pensando no confronto próximo com o tricolor pelas oitavas de final da Copa do Brasil, respirou bem mais aliviada.
No universo do futebol, que não pode ficar à parte do que acontece na sociedade, não é errado que um clube - no caso agora do Flamengo - faça proposta e tire um treinador empregado de outro clube como o técnico Dorival Junior, que estava comandando o Ceará. Pau que dá em Chico dá no Francisco, e os dois lados têm o direito legal de prever ou não grandes multas nos contratos de trabalho. Em todas as áreas, um profissional empregado pode receber convite para trabalhar em outra empresa, seja ela concorrente ou não.
Outra mentira dita tantas vezes que parece verdade no futebol, é que o segredo do sucesso de um time seja a continuidade e o tempo de trabalho do treinador. Pode até ser, mas só se o trabalho for bom e estiver dando resultados, títulos etc. Neste caso do Turco Mohamed no Galo, os números dele são bons, mas o desempenho do time é ruim, instável e não agrada a ninguém. A memória do torcedor e de todos leva, inevitavelmente, a comparações com o time do ano passado, que era comandado por Cuca e terminou a temporada voando, depois de ter conquistado o Brasileiro e a Copa do Brasil. Agora, o time está jogando bem menos e o trabalho do treinador não inspira confiança. Daí, se a diretoria resolver trocá-lo por outro que esteja ou não empregado, não será surpresa ou precipitação. Apenas a tentativa de uma correção de rumo. (Fecha o pano!)
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