10 de junho, de 2022 | 10:00

Vale do Aço gera 2.059 empregos no quadrimestre; Ipatinga lidera com 56%

Setor de Serviços puxa o emprego na Metropolização nos quatro primeiros meses do ano

Arquivo DA
No total, foram gerados 2.059 empregos com carteira assinada em toda a MetropolizaçãoNo total, foram gerados 2.059 empregos com carteira assinada em toda a Metropolização

Com a divulgação dos resultados de abril do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Ipatinga, consolidou os dados do mercado de trabalho do primeiro quadrimestre (janeiro a abril) de 2022, exclusivamente para o Diário do Aço. No total, foram gerados 2.059 empregos com carteira assinada em toda a Metropolização, dos quais, 1.189 na Região Metropolitana oficial (RM), 1.923 na Região Metropolitana Expandida (RME) e 136 no Colar Metropolitano Contraído (CMC), de acordo com a tabulação e os cálculos do geógrafo William Passos, que também integra a Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

Integram a RM os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo. Já a RME é formada pelos quatro municípios da RM mais Belo Oriente e Caratinga, enquanto o CMC é integrado por Açucena, Antônio Dias, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Córrego Novo, Dionísio, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São João do Oriente, São José do Goiabal, Sobrália e Vargem Alegre.

Puxadores de emprego

De acordo com os resultados, o Setor de Serviços puxou o emprego no Vale do Aço nos quatro primeiros meses de 2022, gerando 1.527 postos com carteira assinada somente na RME. Dentro do setor, os estabelecimentos de Educação e as Atividades Administrativas e Serviços Complementares, respectivamente, com a abertura de 654 e 652 novas vagas, foram as que mais contribuíram para a geração de contratos formais na região.

No recorte municipal, Ipatinga liderou a geração de empregos formalizados, abrindo 1.153 novas vagas ou 56% dos empregos com carteira assinada do Vale do Aço de janeiro a abril de 2022. Dentro da RME, Caratinga assumiu a segunda colocação, com a criação de 375 novos postos, seguida por Belo Oriente, que criou 359 novos contratos. Coronel Fabriciano, com a abertura de 285 novas vagas, e Santana do Paraíso, com a geração de 57, também contribuíram para o aumento das oportunidades de emprego formal na região. Somente Timóteo, que registrou saldo líquido negativo de 306 vagas, não conseguiu criar novas oportunidades no mercado de trabalho formal no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.

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Entenda como é a divisão geográfica do Vale do AçoEntenda como é a divisão geográfica do Vale do Aço


Colar Metropolitano

No CMC, os resultados também surpreenderam. Foram gerados 67 novos empregos formais no conjunto formado pelos 22 municípios de economia menos dinâmica no Vale do Aço. Com isso, o saldo de vagas acumulado entre março e abril de 2022 saltou 220%, passando de 56 novos empregos formais no acumulado de janeiro a março para 123 novos contratos com carteira assinada no acumulado de janeiro a abril.

Para o geógrafo William Passos, o desempenho dos municípios mais carentes da Metropolização surpreendeu positivamente. “Muito dependentes das prefeituras para a geração de empregos formais, são municípios com muita ocupação informal, com destaque para o trabalho autônomo ou por conta própria. Ver estes municípios registrando saldo positivo, isto é, admitindo mais trabalhadores com carteira assinada que demitindo, é muito importante. Significa que as prefeituras estão conseguindo dinamizar suas economias e, consequentemente, a dimensão formal de seus mercados de trabalho, que é aquela que gera emprego com carteira assinada, direitos trabalhistas e que aumenta a arrecadação tributária, não apenas da própria prefeitura, mas também do estado e do país como um todo”, salienta.

Com estes resultados, ao fim de abril de 2022, apenas os quatro municípios da RM somavam 100.913 trabalhadores formais. Os seis municípios da RME contabilizavam 126.337 contratos com carteira assinada e os 22 municípios do CMC agregavam 9.712 registros trabalhistas formalizados. Com isso, o mercado de trabalho do Vale do Aço passou a totalizar, com o encerramento do quarto mês do ano, 136.049 trabalhadores com carteira assinada e todos os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o terceiro maior mercado de trabalho de Minas Gerais, somente atrás da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do conjunto regional formado pelos municípios do Triângulo Mineiro.

Entretanto, como lembra William Passos, é importante ponderar que estes números não estão consolidados. “As empresas têm até 12 meses para fazer a declaração do Caged fora do prazo. À medida que as informações fora do prazo vão chegando, o Ministério do Trabalho e Previdência vai atualizando os meses para trás. Os números consolidados só sairão mesmo no segundo semestre do ano que vem”, conclui.

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