08 de junho, de 2022 | 09:00

Economista ajuda motorista a calcular qual combustível é mais vantajoso para o bolso

Stéphanie Lisboa
A empresária Fabrícia Martins prefere abastecer o carro apenas com gasolina A empresária Fabrícia Martins prefere abastecer o carro apenas com gasolina

A reportagem do Jornal Diário do Aço percorreu alguns postos de combustíveis em Ipatinga, na tarde desta terça-feira (7), para saber como estão os preços do álcool e da gasolina e, claro, as preferências do consumidor na hora de abastecer o veículo.

Em um estabelecimento localizado na avenida Cláudio Moura, trecho urbano da BR-458, no Centro, o etanol foi encontrado a R$ 5,19 e a gasolina a R$ 7,59. Em um posto do bairro Jardim Panorama, na avenida Juscelino Kubitscheck, o preço também era o mesmo, apesar de serem de bandeiras diferentes.

No bairro Veneza, na avenida Macapá, a gasolina foi encontrada a R$ 7,45 e o álcool a R$ 5,19. Em um posto do bairro Caravelas, o etanol nas bombas marcava R$ 5,25 e a gasolina R$ 7,42.

Em todas os estabelecimentos, pelos quais a equipe passou, o preço do etanol era menor ou igual a 70% do preço da gasolina. Esse cálculo geralmente é feito para avaliar o custo-benefício entre os combustíveis. Para calcular é preciso dividir o preço do álcool pelo valor da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, o etanol será uma alternativa economicamente viável.

Especialista

Para o economista Gelton Pinto Coelho, que atua no Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), esse cálculo pode ser usado, mas há uma maneira mais adequada. O ideal, segundo Gelton, é que cada consumidor avalie particularmente o seu perfil. “O melhor é que cada motorista faça essa conta, no seu carro, porque na verdade, cada um de nós tem um jeito de dirigir”, explicou.

Ele ensina como esse cálculo pessoal deve ser feito: “Ele vai completar o tanque com aquele determinado combustível e vai ver no hodômetro do veículo qual o valor que está naquele momento. Após utilizar esse tanque inteiro ele anota quantos quilômetros rodou com esse tanque e faz a mesma coisa com o outro combustível. Aí ele vai saber no veículo dele, especificamente, qual é o gasto por quilometro e aí consegue identificar o que é melhor”.

Gelton exemplifica: “Primeiro, o motorista precisa saber o desempenho do veículo com etanol e com gasolina. Se o veículo faz, por exemplo, 7,4 km/litro com etanol e 10km/litro com gasolina, basta dividir e você acha o rendimento do carro com etanol, ou seja 74%. Depois deve-se fazer o cálculo da relação preço etanol/gasolina na bomba, no posto. Para isso, basta dividir o valor do etanol pelo da gasolina. Se o litro do etanol custou R$ 6 e o da gasolina R$ 7,89, a relação, então, é de 0,76 ou 76%. No nosso cálculo, se os valores fossem até 74% compensaria o etanol, como foi acima disso, compensa mais a gasolina”, destaca o economista.

Ipatinga

A reportagem do Diário do Aço ainda conversou com quatro motoristas, destes, três declararam que preferem a gasolina e apenas um o álcool. Dentre os consumidores que preferem a gasolina está a empresária Fabrícia Oliveira Martins. “Eu coloco a gasolina porque eu vejo qualidade nela e durabilidade, acho que a gente roda mais com a gasolina, não sei se é ilusão”, contou.

A gerente de um posto localizado no bairro Veneza, Jaqueline Xavier, contou que por lá a preferência tem sido o etanol. “Eles falam que para rodar aqui dentro é melhor. Como aqui em Ipatinga tem muitos motoristas de aplicativo, eles utilizam mais o etanol, falam que a economia é melhor”, afirmou.
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