24 de maio, de 2022 | 16:21

Depósito clandestino de medicamentos é estourado em operação policial em Ubá

Divulgação PCMG
Entre os produtos apreendidos estão medicamentos produzidos em diversos países como Irlanda, Índia e Rússia, sem nenhum registro no BrasilEntre os produtos apreendidos estão medicamentos produzidos em diversos países como Irlanda, Índia e Rússia, sem nenhum registro no Brasil

A operação Drug Stored, deflagrada esta semana pela Polícia Civil de Minas Gerais, colocou na mira um esquema de corrupção envolvendo a comercialização de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, como também o crime de estelionato, na cidade de Ubá, Zona da Mata mineira.

Na ocasião, um depósito de medicamento clandestino foi identificado na área central da cidade. A ação, deflagrada segunda-feira (23), contou com apoio de fiscais da Vigilância Sanitária do município e resultou na apreensão de cerca de R$1,5 milhão em produtos ilegais.

"Nessa operação, foram apreendidos diversos medicamentos de uso restrito - sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - e de origem ignorada, com informações de fabricação em diversos países como Irlanda, Índia e Rússia, sem nenhum registro no Brasil. Levantamentos preliminares revelam que os valores dos golpes aplicados e das mercadorias corrompidas podem ultrapassar R$ 1,5 milhão", explica o delegado Douglas Mota, responsável pela investigação.

Segundo ele, foram apreendidos 400 frascos de substância que tem valor de mercado unitário de R$ 1.350, além de outras substâncias sem registro na Anvisa e consideradas de alto custo. Além disso, foram apreendidas, aproximadamente, 400 mil luvas de látex, a maioria sem registro nos órgãos de controle. O nome da operação “Drug Stored” é uma referência, em inglês, do armazenamento de drogas.

Apuração

As investigações apontaram uma suposta organização criminosa - com atuação nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo - instalou-se na cidade, onde integrantes do grupo estariam utilizando uma empresa de fachada para aplicar estelionato em distribuidoras de medicamentos e de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) hospitalares.

As apurações indicam, ainda, que eles realizavam o armazenamento e a distribuição de medicamentos de uso restrito de procedência ignorada e sem registro na Anvisa.

O delegado Douglas Mota acrescentou que os investigados, pelas práticas criminosas, estão sujeitos às penas que, se somadas, podem alcançar 31 anos de prisão. As investigações prosseguem pela Delegacia de Narcóticos, unidade que integra a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Ubá, pertencente ao 4º Departamento da PCMG.

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