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19 de maio, de 2022 | 06:00

“TV Pirata” misturava sátira para falar do país

Há 34 anos, em 1988, começava a trajetória do “TV Pirata”, sucesso de público e crítica que dominava às noites de terça-feira, na tela da Globo. Composta por um elenco fixo de artistas, a atração ironizava e associava a realidade do país, com humor sofisticado em quadros-sátiras, à programação televisiva, das novelas aos anúncios comerciais, mais ou menos assim como acontecia no “Tá no Ar: A TV na TV”, que foi comandado por Marcelo Adnet, recentemente.

Arquivo GB Imagem
''TV Pirata'' estreou em 1988 e revolucionou os programas humorísticos exibidos até então: elenco de peso''TV Pirata'' estreou em 1988 e revolucionou os programas humorísticos exibidos até então: elenco de peso
As edições do “TV Pirata” contavam com bordões e personagens irreverentes, como o Barbosa, de Ney Latorraca. Em depoimento ao programa “Grandes Atores”, gravado em 2014, o ator lembrava como montou Barbosa: “Ele é uma homenagem a um amigo meu, o Carlos Alberto Riccelli, que tem um biquinho, uma coisa muito discreta. O pessoal da equipe, que via, me pedia para aumentar o bico. Fui aumentando, e virou uma coisa enorme. E ele era bonitinho, viu?! Estava vendo outro dia, além de ser muito sensual, era sexy, uma graça”.

Entre os roteiristas, “TV Pirata” tinha nomes como: Luis Fernando Veríssimo, Mauro Rasi, Pedro Cardoso, Vicente Pereira, Felipe Pinheiro, Patrycia Travassos, Bussunda, Claudio Manoel, Marcelo Madureira, Helio de La Peña, Reinaldo, Beto Silva e Hubert, sendo que os sete últimos desta lista, posteriormente, deram origem ao “Casseta e Planeta”, também sucesso na telinha da Globo. O elenco do “TV Pirata” tinha um time de peso: Marco Nanini, Ney Latorraca, Louise Cardoso, Débora Bloch, Diogo Vilela, Cláudia Raia, Guilherme Karan, Cristina Pereira, Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães.

Quadros variados
A sátira da televisão era o pretexto para que o “TV Pirata” falasse da realidade brasileira e de temas como violência urbana e infantil, crime organizado e a situação nos presídios. Os quadros variavam a cada semana, com predominância de esquetes cômicos e vinhetas, além dos quadros fixos. Na estreia, por exemplo, foram ao ar 33 quadros, e poucos tiveram continuação nas semanas seguintes, como a novela “Fogo no Rabo” e o seriado de guerra “Combate”.

A atração ficou no ar na tela da Globo até meados de 1992, sempre sendo exibida com sucesso. Atualmente, “TV Pirata” também é sucesso no Canal Viva.
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