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12 de abril, de 2022 | 09:30

Professores da rede estadual de ensino estão em greve há mais de um mês

StudiumDrone/Rafael Rezende
Assembleia realizada no 6 de abril no pátio da ALMG Assembleia realizada no 6 de abril no pátio da ALMG

Desde o dia 9 de março os professores que trabalham na rede estadual de ensino de Minas Gerais estão em greve. Nesta terça-feira (12), data em que o movimento grevista completa 35 dias de paralisação, será realizado mais um encontro da categoria, às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Trabalhadores do Vale do Aço seguirão, mais uma vez, em caravana até a capital.

“O governo, mesmo após o início do movimento, continuou se recusando a negociar e ouvir a categoria. Por isso, em todas as assembleias que aconteceram nesse período, a categoria definiu pela continuidade da greve”, explica a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) em Ipatinga, Isaura Azevedo Carvalho.

Os professores reivindicam ao governador Romeu Zema (Novo) o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que hoje é de R$ 3.845,63. A categoria chegou bem perto de atingir o objetivo, mas a conquista foi barrada pelo governador.

Já publicado
Professores da rede estadual mantêm reivindicação do piso salarial

Reajuste na ALMG

Como o Diário do Aço já noticiou, o governador Romeu Zema enviou à ALMG o Projeto de Lei (PL) 3.568/22, que concedia revisão salarial de 10,06% para todos os servidores públicos do Poder Executivo.

O projeto foi aprovado em 2º turno na Assembleia Legislativa, no dia 30 de março, mas ganhou um novo texto com percentuais adicionais para os profissionais da segurança pública, da educação e da saúde. O substitutivo levou em consideração o pedido de cada uma das categorias, inclusive o pagamento do piso nacional do magistério.

“Em articulação com os deputados na Assembleia Legislativa, nós conseguimos a proposição de emendas ao PL do governo, que atendem aos anseios da categoria”, contou Isaura Azevedo.

O texto aprovado pelos parlamentares voltou para o governador, que vetou os artigos que garantiam percentuais adicionais às áreas de segurança pública (14%), saúde (14%) e educação (33,24%).

Análise do veto

O veto parcial agora deve ser analisado pelos deputados em turno único, em até 30 dias. Para isso, foi formada uma comissão especial, que deverá emitir um parecer sobre a matéria, antes que ela vá ao Plenário. Nesta segunda-feira (11), a comissão discutiu e votou o parecer sobre o veto. O resultado ainda não havia sido divulgado quando esta matéria foi fechada.

Decisão

O encontro desta terça-feira será mais uma oportunidade para os profissionais da educação decidirem sobre a continuidade da greve. “A depender destes trâmites na Assembleia é que a categoria vai deliberar pela continuidade ou a suspensão do movimento”, pontuou Isaura. O Sind-UTE acredita que a administração estadual tem condições de arcar com o piso. “O sindicato permanece convicto de que existem os recursos para aplicação do reajuste”.

Posicionamento de Zema

Em publicação nas mídias sociais, nesta segunda (11), o governador fez algumas observações a respeito do reajuste dos servidores. “O reajuste de 10% é hoje o limite que o Estado consegue pagar a todos os 600 mil servidores, ativos e inativos, e terá impacto de R$ 5 bilhões/ano nas contas de Minas”, declarou. Zema disse ainda que seria vantajoso eleitoralmente conceder os aumentos. “Porém, nosso Estado ainda tem uma enorme dívida e hoje respeita a Lei de Responsabilidade Fiscal”, enfatizou.
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Comentários

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Pagador de Darf

12 de abril, 2022 | 20:11

“O governador ZEMA tem o meu apoio. esta fazendo o certo mesmo que todos ao seu redor queira insistir no ERRO.
Parabéns ao GOV Zema, que tenha força para vencer essa manada de parasita público.”

Jorge

12 de abril, 2022 | 13:32

“A greve dos funcionários das empresas privadas vai continuar, queremos aumento.”

Joana

12 de abril, 2022 | 12:40

“Bem, minha Filha estava matriculada na escola e a professora dela não trabalhou fui eu quem ensinou o pet,
só enviava os pets e mandava uma aula que não era ela quem explicava a matéria.”

Professor

12 de abril, 2022 | 11:31

“De onde vocês tiraram essa informação que "professor ficou mais de dois anos sem trabalhar?" Como uma mentira pode ramificar desse jeito? Você por acaso sabe o que os professores fizeram na pandemia, "Joana"? Sabe não, é uma desinformada que não tem medo de passar vergonha expondo sua ignorância num site de jornal.”

Tião Aranha

12 de abril, 2022 | 11:29

“O segredo da vida está na Forma, e foi partindo Dela que os hebreus e os romanos estudando as formas geométricas dos objetos chegaram aos números que movimentam as pessoas na dança da vida. Será que não existe outra forma de lutar sem que não seja só com a greve?”

Joana

12 de abril, 2022 | 11:20

“Os professores estão a dois anos sem trabalhar,muito injusto essa greve e quem perde são os alunos pobres pq os ricos estão em escolas particulares.Uma vergonha”

Thc

12 de abril, 2022 | 10:35

“Vergonha, movimento politico xulo... mais de 2 anos sem trabalhar pela pandemia e agora inventam esta!... pede conta, vai dar aula particular... enquanto forem estes os professores do Brasil, o país não vai melhorar!”

Tião Aranha

12 de abril, 2022 | 09:46

“Se tem dinheiro pra pagar e não paga, então tem treta. Educação neste país nunca foi prioridade. Risos.”

Gildázio Garcia Vítor

12 de abril, 2022 | 06:12

“A Educação pública no Brasil, inclusive a Superior, só é levada a sério pelos políticos/governantes nos discursos e nos projetos que lhes dão visibilidade. Parabéns aos Companheirxs que estão nessa luta.”

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