30 de março, de 2022 | 10:00

Motociclista procura por homem que o atropelou e não prestou socorro

Um jovem de 21 anos foi atropelado por um carro na madrugada de segunda-feira (28), na avenida Minas Gerais, no bairro Jardim Panorama, em Ipatinga. M.M.G. informou em entrevista ao Diário do Aço que voltava de uma lanchonete acompanhado por um amigo, que estava em outra motocicleta, quando o acidente aconteceu.

“Nós estávamos de boa, na velocidade normal da pista e, do nada, só vi no meu retrovisor aquele farol forte e o barulho do motor acelerando. No vídeo fica nítido que o cara quis me derrubar. Eu só senti o impacto”, lembrou o jovem, citando as imagens registradas por câmeras de segurança da vizinhança.

Ferimentos

O motociclista foi socorrido pelo SAMU e levado até o Hospital Márcio Cunha. Ele sofreu alguns ferimentos e permanece internado, ainda sem previsão de alta. “Estou todo quebrado no hospital. Quebrei minha clavícula em dois lugares, minha tíbia direita e meu tornozelo ficaram expostos pelos ossos que foram fragmentados”, explicou.

Prejuízo

Além dos machucados pelo corpo, o jovem amarga alguns prejuízos materiais. A motocicleta que ele pilotava, uma Honda CG 150, ano 2012, acabou com algumas avarias. “Minha moto danificou toda e ela era meu meio de serviço porque eu trabalho com entregas. Minha moto quebrou toda, guidão, tudo, amassou, empenou as carenagens, os manetes, entortou a roda, o garfo. Nossa! Minha moto é praticamente outra”, lamentou a vítima.

A moto já estava quitada, mas não tinha seguro. O motociclista avalia que vá precisar gastar algo em torno de R$ 2 a R$ 3 mil para que o veículo seja reparado. Sem moto e com a saúde prejudicada, o entregador não sabe quando voltará ao trabalho, até mesmo porque o tempo de recuperação deve ser de seis meses.

Identificação do motorista

Tudo o que a vítima sabe, até o momento, é que o carro atropelador é um modelo SUV, de cor branca. O que ele mais deseja atualmente é que o motorista na direção do veículo que o atingiu seja identificado e localizado. “Que ele venha me ver no hospital para ter noção do que ele fez e que arque com todas as consequências cabíveis nas leis”, cobrou.

Enquanto isso não ocorre, o entregador cogita alguns motivos que tenham levado o condutor a não prestar socorro. “Creio que esse cara estava tão embriagado ou ele quis mostrar gracinha para alguém que estava dentro do carro, pelo jeito que ele estava vindo. Creio que foi por maldade sim, sem dúvida. Dava para o cara ter desviado, dava para o cara ter freado, mas o cara preferiu jogar para cima de mim e seguir caminho”, afirmou.

O jovem quer que tudo se resolva logo, pois tem se sentindo impossibilitado. “Fisicamente impossibilitado, dependo da minha mãe até para urinar. Psicologicamente e emocionalmente abalado pela situação, pois era meu meio de transporte e trabalho”, desabafou.

Em resposta ao Diário do Aço, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que já “recebeu a ocorrência e todas as providências legais cabíveis estão sendo adotadas”.