16 de março, de 2022 | 17:15

PIB de Minas cresceu 5,1% em 2021, divulga Fundação João Pinheiro

Márcio Perez
A extração mineral foi a atividade que apresentou a maior expansão no acumulado do ano (15%) A extração mineral foi a atividade que apresentou a maior expansão no acumulado do ano (15%)

Minas Gerais fechou o ano de 2021 com o Produto Interno Bruto (PIB) com expansão de 5,1% no comparativo com 2020, resultado superior ao brasileiro, cujo crescimento foi de 4,6% no mesmo período. Os principais setores responsáveis pelo aumento do PIB foram Indústria e Serviços. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pela Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial da soma dos bens e serviços produzidos no estado.

O desempenho do PIB de 2021 demonstrou forte recuperação em relação ao ano anterior, especialmente levando-se em conta a pandemia de covid-19, que impactou a atividade produtiva estadual. Em 2020, a queda do PIB foi de 3,9%. Já a estimativa preliminar do PIB do estado para 2021 totalizou R$ 805,5 bilhões. Do valor total, 61,6% são atribuídos aos serviços; 30,1%, à indústria; e 8,3%, à agropecuária.

Considerando-se o último trimestre de 2021, o PIB de Minas Gerais teve resultado 0,4% acima do mesmo período de 2019, antes da pandemia. “Minas Gerais vem se esforçando para se recuperar dos graves impactos econômicos causados pela pandemia. Com a expansão de 5,1% do PIB em 2021, vemos que os esforços do governo para atrair empresas e gerar empregos estão dando resultado. Mas é preciso ressaltar que os estados sofrem os impactos nacionais e o cenário econômico no país também precisa estar favorável”, afirmou o governador Romeu Zema (Novo).

Setores

Segundo o pesquisador da Fundação João Pinheiro, Thiago Almeida, o crescimento do PIB ocorreu principalmente no segundo trimestre do ano. “A indústria de transformação em Minas cresceu 9,4%, com a recuperação da indústria de veículos, metalurgia, segmentos que foram afetados com as medidas mais restritivas da pandemia. A construção civil também teve bons resultados”, lembrou.

O crescimento da economia estadual em 2021 foi puxado pela variação positiva no volume de Valor Adicionado Bruto (VAB) da indústria (9,2%) e dos serviços (4,1%). A extração mineral foi a atividade que apresentou a maior expansão no acumulado do ano (15%), seguida pela construção civil, que registrou crescimento de 12% em nível estadual.

A indústria de transformação mineira foi outro segmento que conseguiu compensar as perdas no seu nível de atividade, observadas principalmente no segundo trimestre de 2020, tendo encerrado 2021 com uma expansão de 9,4% no volume de VAB em relação a 2020. A atividade de energia e saneamento, por sua vez, apresentou queda de 6,7% no volume de VAB em Minas Gerais em 2021 comparativamente a 2020.

Nos serviços, a recuperação no volume de transporte ao longo de 2021 (8,8%) foi um dos destaques setoriais, apesar do resultado negativo observado em Minas Gerais no quarto trimestre do ano (-3,5%).

O agrupamento “outros serviços”, que representa mais de um terço do VAB estadual, também se recuperou das perdas ocorridas em 2020: registrou crescimento de 7,1% na economia mineira em 2021. No comércio, a expansão foi de 5,5% em comparação a 2020 e, na administração pública, a expansão registrada para 2021 foi de 1,4%.

“Prejudicada pelas estiagens prolongadas ao longo de 2021 e por geadas em algumas regiões do estado, a atividade agropecuária teve retração de 8,4% em Minas Gerais. Apesar do resultado anual negativo, o nível de atividade do setor no estado aumentou 8,6% na comparação do quarto trimestre de 2021 com o trimestre imediatamente anterior”, pontua Almeida.

Composição

Para o quarto trimestre de 2021, o PIB de Minas foi estimado em R$ 208,8 bilhões e representou 9,2% do PIB nacional. Segundo o pesquisador da FJP Raimundo Leal, desse total, R$ 26,7 bilhões dizem respeito aos impostos indiretos líquidos de subsídios e R$ 182,1 bilhões referem-se ao Valor Adicionado Bruto (VAB). “Na composição setorial relativa ao quarto trimestre de 2021, o VAB agropecuário foi responsável por R$ 4,8 bilhões (2,7% do total); o da indústria, por R$ 53,9 bilhões (29,6% do total); e o dos serviços, por R$ 123,4 bilhões (67,7% do total)”, conclui Leal.
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