
10 de março, de 2022 | 17:05
Justiça determina o fim da greve dos professores em Minas
O Sind-UTE/MG afirma que foi notificado, mas vai recorrer da decisão; Os profissionais do Vale do Aço e de todo o Estado seguem com a greve
Vanuza Lopes/Sind-Ute
Greve foi deflagrada durante encontro da categoria no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

A Justiça de Minas Gerais determinou que a greve dos professores da rede estadual de ensino seja interrompida imediatamente. A decisão foi tomada pelo desembargador Raimundo Messias Júnior na quarta-feira (9).
Concedo a tutela de urgência, e determino a suspensão da greve deflagrada pelo Sind/UTE, bem ainda o imediato retorno dos servidores da educação básica em exercício ou lotados nas escolas, Superintendências Regionais de Ensino, Órgão Central e aqueles que estão em cessão ou adjunção em outro ente público”, afirmou o relator no documento.
Na decisão, o magistrado estipulou uma multa diária, de R$ 100 mil, a partir da data da intimação do sindicato, caso a determinação seja descumprida.
Sindicato vai recorrer da decisão
Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) se manifestou por meio de um vídeo publicado no Instagram. Nele, ela admite que o sindicato foi notificado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), mas argumenta que o órgão cometeu uma irregularidade, pois deveria ter marcado uma audiência entre o Sind-UTE e o governo.
O Tribunal de Justiça não designou a realização de uma audiência de conciliação entre o sindicato e o Governo do Estado. O nosso departamento jurídico vai recorrer dessa decisão e exigir o cumprimento da legislação e do Regimento Interno do Tribunal de Justiça, que determina a marcação de uma audiência de conciliação”, explicou a coordenadora-geral.
Em relação à declaração do sindicato, o Diário do Aço procurou o TJMG, mas o órgão disse que não vai se posicionar.
Paralisação no Vale do Aço
A diretora do Sind-UTE em Ipatinga, Isaura Azevedo Carvalho, afirma que a greve continua. De acordo com ela, no Vale do Aço a adesão da categoria ao movimento tem sido grande. A gente reforça que a mobilização está forte e o movimento está bonito em todo o Estado. Aqui na região do Vale do Aço, nós estamos com a maioria das escolas com paralisação, muitas delas com paralisação total das atividades. Então as escolas estão fechadas aqui. E nós fortalecemos esse movimento em pressão ao governo do Estado para que ele pague o piso e não ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, destacou.
Greve
A greve foi aprovada pelos servidores da categoria na tarde de quarta-feira, durante uma assembleia estadual organizada pelo sindicato, realizada em Belo Horizonte. Na data, ficou definido o início da paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 9.
A categoria reivindica ao governo Romeu Zema (Novo) o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que teve um reajuste de 33,24% em 2022, alcançando o valor de R$ 3.845,63. Já a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) já havia informado que os professores estão inseridos na proposta de reajuste salarial de 10,06% enviada à ALMG em 24 de fevereiro.
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Gilmar Arsenio de Menezes
14 de março, 2022 | 18:06Acho direito dos professores de fazerem greve , mais também acho justo o estado contratar professores particulares para repor o pessoal em greve , e depois descontar dos grevistas os dias parados , pois quem está sendo prejudicado são os alunos que já ficaram praticamente 3 anos sem escola.”
Parasita
11 de março, 2022 | 17:42Tinha que acabar esse modelo de escola pública, o governo tinha que pagar para os mais carentes estudarem nas escolas privadas.
Serviço público é muito caro pelo que é capaz de entregar de resultado.
Só Valorosos servidores, só querem emprego vitalicio de salario alto, pra tirar ferias Premium na Europa sem precisar dar resultado.
Deveríamos é organizar uma greve para o reajuste salarial dos servidores, para que o salario deles sejam equiparados ao mercado privado.
á crise é global.
bora encarar a realidade e sair do mundo de fantasias.
nossos VALOROSOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.”
Brincadeira
10 de março, 2022 | 20:52Tá bonito mesmo é pra quem tem filho na escola particular. Teve 2021 intero,pra brigar. Mal começou, já tá de greve”
Maria
10 de março, 2022 | 17:53Concordo em partes com esta greve , mas parar as aulas agora novamente depois de praticamente 2 anos sem aulas, os únicos prejudicados são as crianças.
Depois querem cobrar um futuro para nossos filhos
Triste essa situação”
Ferreira
10 de março, 2022 | 17:14Como sempre, a justiça contra os trabalhadores, não podem nem brigar pelos seus direitos”