03 de março, de 2022 | 07:12

Presos dois suspeitos do duplo homicídio em Lavrinha de Jaguaraçu

Enviada ao Portal Diário do Aço
A moto utilizada no homicídio estava escondida entre pés de banana na zona rural de MarliériaA moto utilizada no homicídio estava escondida entre pés de banana na zona rural de Marliéria

Dois indivíduos, suspeitos de envolvimento no duplo homicídio praticado na tarde de terça-feira (1º) no distrito de Lavrinha, em Jaguaraçu, estão recolhidos ao Sistema Prisional do Vale do Aço, à disposição da Justiça. Eles são investigados no caso em que dois adolescentes foram mortos a tiros enquanto conduziam uma motocicleta. Os policiais encontraram roupas e a moto que os suspeitos usavam no dia do crime.

O jornal Diário do Aço apurou que desde a descoberta das mortes de Douglas Omar Pereira Barnabé, de 16 anos, e Luiz Gabriel Moreira de Almeida, de 17, as equipes da PM realizaram várias buscas para identificar os dois autores do duplo homicídio. Com uma informação anônima e imagens de câmeras de segurança, os policiais conseguiram identificar os dois suspeitos.

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Douglas Omar e Luiz Gabriel foram atingidos quando se encontravam sobre uma motocicleta em LavrinhaDouglas Omar e Luiz Gabriel foram atingidos quando se encontravam sobre uma motocicleta em Lavrinha
R.S.D., de 18 anos, e J.V.S.N., de 25 anos, foram vistos em uma moto Honda CG vermelha saindo do bairro João XXIII, em Timóteo, em companhia das vítimas, que estavam em outra moto vermelha. Os PMs conseguiram ainda, em um comércio no distrito de Cava Grande, em Marliéria, a imagem dos suspeitos passando pelo local pouco depois do fato.

As buscas na região levaram os policiais até ao povoado de Mundo Novo, em Marliéria. Os dois suspeitos estavam escondidos na casa que pertence à avó de um deles, J.V. As equipes da PM cercaram a residência para evitar a fuga dos jovens. Quando R.S. viu a chegada dos militares, jogou uma porção de maconha sobre o telhado.

Ele e J.V. foram presos em flagrante pelos policiais que, durante as buscas no terreno, localizaram, entre bananeiras, a moto Honda CG Titan vermelha com para-lama dianteiro na cor preta ao lado de dois capacetes. No momento, a moto estava parcialmente encoberta com as folhas das bananeiras.
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Os dois suspeitos foram flagrados em diversos momentos numa motocicleta de cor vermelha Os dois suspeitos foram flagrados em diversos momentos numa motocicleta de cor vermelha

As roupas usadas pelos suspeitos, bermudas e camisetas que aparecem nas imagens, também foram localizadas. Uma das bermudas havia sido queimada, possivelmente numa tentativa de eliminar provas do crime. Nenhuma das armas usadas no homicídio foi encontrada. Há uma terceira arma, que poderia estar na posse de Douglas Omar e foi roubada depois do homicídio. Essa arma também permanece desaparecida. Na cena do crime, foi encontrado na cintura de Douglas um coldre vazio de revólver.

A dupla suspeita do assassinato foi encaminhada para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Ipatinga, e autuada em flagrante. As roupas e os capacetes também foram levados para a autoridade policial. A motocicleta foi removida ao pátio credenciado pelo Detran.

Um dos suspeitos foi condenado por homicídio de cabeleireira



O Diário do Aço apurou que os dois jovens suspeitos têm várias passagens policiais. R.S., quando tinha menos de 18 anos, foi detido por tráfico, direção perigosa e desobediência, enquanto J.V. cumpriu pena há pouco tempo por crime de homicídio, fato de grande repercussão no Vale do Aço em 2015.

O suspeito J.V. é o autor da morte da cabeleireira Mariza Gonçalves Fialho, de 33 anos, assassinada a tiros em um latrocínio (roubo seguido de morte) que foi forjado a mando do marido dela, segundo as investigações da Polícia Civil. O crime foi praticado em 22 de outubro de 2015 nas proximidades da Ponte Mauá, em Cachoeira do Vale, e os dois envolvidos foram levados a Júri, um ano depois do homicídio e condenados.

Na época, apurou-se que Maurílio Bretas Lage, de 56 anos, contratou J.V., que tinha 19 anos, para matar a esposa em um falso roubo, ocorrido no salão de beleza da vítima, no Centro-Norte Timóteo. Maurílio pegou 21 anos de cadeia e o executor, por confessar toda a trama facilitando o trabalho da Justiça, recebeu a sentença de 9 anos e seis meses de cadeia.


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Comentários

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Thales Advogado

04 de março, 2022 | 07:06

“Só uma correção Roberto, não foi na época do Moro e sim na época da Dilma.”

Roberto

03 de março, 2022 | 16:55

“Só vim para parabenizar a equipe do jornal Diário do Aço com reportagens cada vez mais completas, onde muitas vezes traz detalhes especiais e mais aprofundados dos fatos. Costumo ver notícias aqui e no P.., mas aquele é um porta que fica a desejar. Faltam detalhes, faltam fotos, falta contextualização. O que poderia mostrar mais, seria o rosto destes marginais para que a sociedade tome mais cuidados e denuncie em caso de suspeitas, mas sei que tem uma Lei, da época do ex-ministro Moro, que não pode mais mostrar rostos dos bandidos suspeitos, a não ser que a reportagem esteja no local onde estão sendo presos ou apreendidos e assuma o risco de mostrar por conta própria.”

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