25 de janeiro, de 2022 | 07:55

Criança de 11 anos é engravidada pelo marido da avó, em Santana do Paraíso

Suspeito foi preso no fim da tarde de segunda-feira ao ser encontrada uma arma de fogo na casa onde mora com a companheira

Wellington Fred
O homem suspeito do estupro de vulnerável foi encaminhado para o plantão da 1ª DRPC, em IpatingaO homem suspeito do estupro de vulnerável foi encaminhado para o plantão da 1ª DRPC, em Ipatinga

Um caso de estupro de vulnerável, descoberto esta semana, resultou na prisão de um caseiro de 55 anos, no bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso. Ele é acusado de estuprar a neta da companheira dele, uma menina de 11 anos. Inclusive, a vítima havia ficado grávida deste homem. Ao ser preso, o suspeito negou ter praticado sexo com a menina.

O crime foi descoberto pela família depois que a jovem passou a reclamar de fortes dores abdominais, além de apresentar enjoos frequentes e excesso de sono. Ela ainda mudou o comportamento nos últimos meses, deixando de ser ativa e alegre. Outro detalhe que intrigou os familiares foi o atraso da menstruação.

Como a vítima ainda é muito nova, pensaram que o atraso da menstruação pudesse ser algo relacionado a isso, inclusive, uma médica colocou esta hipótese durante uma consulta. Contudo, a avó desconfiada de algo mais grave, procurou outra opinião médica e este segundo médico solicitou que fosse feito um exame de ultrassom na criança.

O exame, que foi realizado na segunda-feira no Hospital Márcio Cunha, comprovou que a menina estava grávida. Contudo, havia no útero dela restos ovulares e fetais que podem sugerir que a criança passou por um “aborto incompleto”, porém, ainda sem explicação se foi espontâneo ou forçado.

Revelação

Com a descoberta do caso, a família conversou com a criança que revelou que o “avô de criação” manteve relação sexual com ela por diversas vezes. Ela alega que tentou resistir aos contatos íntimos e até chegou a morder o homem, mas o acusado ameaçava matá-la e também à avó da criança. A vítima temia que as ameaças se concretizassem, pois havia uma arma de fogo na casa.

A situação foi informada pela tia da menina à curadoria da Infância, Juventude e Educação da 5ª Promotoria de Justiça na Comarca de Ipatinga. O Ministério Público repassou o caso à Polícia Militar, cuja equipe foi à residência do suspeito, em uma propriedade rural onde trabalha como caseiro, na região do bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso.

Suspeito tentou fugir ao ver a PM

Ao notar a chegada da PM, o homem saiu correndo e tentou se esconder na cozinha. Ele ainda tentou resistir à prisão, o que obrigou os policiais a utilizarem de força física para dominá-lo e algemá-lo. O caseiro assumiu a posse da arma de fogo e levou os militares até o quarto onde estava a garrucha calibre 22 e 18 cartuchos do mesmo calibre, guardados em uma meia dentro de uma gaveta.

Inicialmente, ao ser confrontado com a denúncia, ele negou ter qualquer contato íntimo com a menina, alegando que sempre a respeitou, conforme informou o sargento Jaider ao Diário do Aço. Porém, entrou em contradição ao saber que a criança estava grávida, o homem alegou que nunca consumou qualquer relação sexual com a vítima.

Ele afirma que a criança ficava “relando” nele, sendo que um dia ele a “sujou” ou seja, chegou a ejacular na menina, mas sem qualquer ato de conjunção carnal. Esta situação também foi alegada pelo acusado em entrevista à reportagem do Diário do Aço. O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil. O celular dele foi apreendido com a arma de fogo recolhida na residência.

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Pais da menina moram no Espírito Santo



O Diário do Aço conversou com a tia da menina, pouco antes dela prestar depoimento para a equipe do delegado Alexsandro Silveira Caetano, no plantão da Delegacia de Polícia Civil. Ela revelou que os pais da sobrinha residem no Estado do Espírito Santo e que a menina desde que tinha cinco anos de idade mora com a avó. “Minha mãe até passou mal ao descobrir esta situação”, revelou a mulher.

O caseiro mora com a avó da menina há nove anos, porém ninguém da família esperava que ele fosse molestar a criança. “Minha sobrinha, que me chama de mãe, é uma criança. Durante o exame no hospital, ela pediu à médica a luva para fazer um pica-pau. Só esperamos que seja feita justiça”, afirmou a tia, acrescentando que a criança ficou internada no hospital para ser medicada.
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Comentários

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Ged

26 de janeiro, 2022 | 09:40

“que tristeza caseiro do espaço manancial. que sofrimento pra essa criança meu Deus , um trauma por resto da vida.”

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