19 de janeiro, de 2022 | 15:40
Vale deverá fazer intervenções em 18 barragens em Minas Gerais
Divulgação
Empresa tem dez dias para apresentar relatório sobre as barragens, que estão em nível de emergência, dentre elas, a Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais
Empresa tem dez dias para apresentar relatório sobre as barragens, que estão em nível de emergência, dentre elas, a Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais
O Governo de Minas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) analisaram as 31 barragens de mineração que estão com algum nível de emergência acionado em Minas Gerais. Devido às intensas chuvas dos meses de dezembro e janeiro e como medida preventiva, o Estado e o MPMG notificaram, na terça-feira (11), as mineradoras responsáveis por essas barragens a prestarem informações sobre as condições de suas estruturas. Com base no que foi apresentado, a análise do Estado e do MPMG irá gerar ação específica e preventiva em 18 barragens, informou o governo mineiro. Dentre as barragens está a de Gongo Soco, em Barão de Cocais.
Os documentos enviados pelas empresas Vale, Arcerlormittal e Minérios Nacional S/A, responsáveis pelas 31 barragens, foram devidamente analisados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e pelo MPMG, no prazo de cinco dias, conforme o previsto. E, com base nos dados apresentados, constatou-se que 18 barragens apresentam ocorrências que devem ser tratadas para evitar prejuízos no funcionamento de suas estruturas, sendo todas elas de responsabilidade da Vale. Diante disso, Feam e MPMG notificaram, via ofício, a mineradora para que medidas de mitigação sejam tomadas em cada uma dessas barragens.
De acordo com o ofício, a Vale terá o prazo de dez dias para apresentar relatório técnico fotográfico, acompanhado de anotação de responsabilidade técnica ART, informando quais são as medidas executadas pela empresa ou o respectivo cronograma detalhado para tomar as seguintes ações: mitigar e corrigir os processos erosivos instalados no entorno das estruturas; fazer a manutenção e limpeza dos sistemas de drenagem interna, superficial e do extravasor; reduzir a contribuição pluvial da bacia de drenagem para o reservatório da barragem e garantir a manutenção de rotina da estrutura, realizando inclusive o controle de vegetação.
A Feam e o MPMG reiteram que as notificações são uma ação preventiva e, por meio delas, o poder público tenta antecipar qualquer problema que possa ocorrer nesse período chuvoso. E reforçam que as barragens que não exigem medidas de manutenção imediatas continuam sendo acompanhadas pela Feam e pelo MPMG.
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