19 de janeiro, de 2022 | 08:11

Empresas do Vale do Aço na mira da Polícia Civil e da Receita Estadual

Investigações indicam que pode ter havido sonegação de impostos ao Estado em mais de R$ 30 milhões

Com atualizações às 10h20
Divulgação Polícia Civil
O momento que as equipes se reuniram para dar início à Operação Tabela PeriódicaO momento que as equipes se reuniram para dar início à Operação Tabela Periódica

Policiais civis e fiscais da Receita Estadual realizam nesta quarta-feira (19) a Operação Tabela Periódica. O objetivo foi recolher provas na investigação sobre cinco empresas instaladas no Vale do Aço que estariam sonegando impostos. O valor deixado de ser repassado aos cofres públicos pode ultrapassar os R$ 30 milhões, conforme divulgado pela PCMG.

Os policiais e fiscais se reuniram pela manhã, no estacionamento localizado no Novo Centro, na avenida Zita Soares de Oliveira, no Centro de Ipatinga. A operação teve como objetivo cumprir dez mandados de busca e apreensão na investigação de sonegação fiscal envolvendo cinco empresas.

As firmas são investigadas por crime tributário de apropriação indébita de valores de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os estabelecimentos, cujos nomes não foram divulgados, fornecem produtos químicos para indústrias da região e teriam deixado de declarar e recolher o imposto devido.

A operação foi realizada pela força-tarefa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Os alvos dos mandados expedidos pela Justiça - cinco empresas, um escritório de contabilidade e quatro residências - estão situados nas cidades de Ipatinga, Santana do Paraíso, Timóteo, Coronel Fabriciano e Iapu.

De acordo com a coordenação da operação, o grupo econômico declara o imposto devido, mas não o recolhe aos cofres públicos. Com isso, a Receita Estadual envia o crédito tributário para a Procuradoria do Estado, mas, na execução fiscal, não são localizados bens que possam garantir o pagamento da dívida tributária.

"Quanto à escolha pelo caminho da sonegação fiscal pela empresa como parte de seu modelo de negócio para alcançar vantagem concorrencial, não resta dúvidas. A operação desencadeada nesta quarta-feira tem como objetivo identificar os responsáveis pelo grupo econômico e rastrear possíveis patrimônios ocultos, para quitar o crédito tributário desses contribuintes, que fornecem insumos para grandes indústrias do Vale do Aço", explicou o promotor de Justiça Rodrigo Storino.

A delegada da Polícia Civil, Karla Hermont, esclareceu que a investigação apura ainda a criação sucessiva de pessoas jurídicas como parte da estratégia para prática dos crimes tributários, acrescentando que “dessa forma, a comprovação da existência de um grupo econômico é importante para a responsabilização dos investigados por todo o crédito tributário.

Mobilização para a Operação Tabela Periódica

A operação Tabela Periódica mobilizou servidores da Receita Estadual, Ministério Público e Polícia Civil em Belo Horizonte, Ipatinga e Governador Valadares, segundo Leonardo Drumond, auditor fiscal da Receita Estadual e um dos coordenadores dos trabalhos.

"Mesmo diante das dificuldades de logística impostas pela pandemia e os estragos provocados pelas chuvas nas rodovias mineiras, as equipes se deslocaram dessas partes do Estado, enfrentando diversos obstáculos, em viagens que duraram mais de sete horas. Vale ressaltar o empenho de todos os envolvidos para o sucesso desta operação", destacou a delegada.

Participaram da operação 30 servidores da Receita Estadual, três promotores de Justiça e 35 policiais civis.



O que é o Cira



Criado em maio de 2007, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos é uma iniciativa pioneira no âmbito nacional, que, por meio da integração de esforços do Ministério Público de Minas Gerais, da Receita Estadual e das polícias Militar e Civil enfrentam casos graves de sonegação fiscal.

Para além da investigação de fraudes heterodoxas, mediante sofisticados esquemas de ocultação de operações de venda, o Cira busca apurar as condutas criminosas de contribuintes que, deliberadamente, declaram o imposto devido mas dolosamente não fazem o seu recolhimento aos cofres públicos, se apropriando indevidamente dos recursos devidos à sociedade.

Assim, alcançam indevida vantagem competitiva no setor econômico, com prejuízo para as empresas que pagam seus tributos. No estado de Minas Gerais, cerca de 244 contribuintes podem ser considerados devedores contumazes e estima-se que deixem de recolher aos cofres públicas valores que podem chegar a mais de 400 milhões de reais por ano. (Com informações das assessorias da Polícia Civil e Ministério Público de Minas Gerais)
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Comentários

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Roberto Alves da Silveira

20 de janeiro, 2022 | 01:21

“Nao vou ser contra ,porque so quem ja tentou ou tem uma empresa sabe que tem qye trabalhar pro estado de graça, onde a maioria das autoridades vivem da desgraça alheias dos alto impostos, que nos sao cobrados.
Eu por exemplo pago do meu comércio, que nem e la grande coisas.
Iptu:2200,00
Ipv do carro da empresa:4690,00
Taxa de lixo ,200,00
Impostos sobre agua e luz:5.000 por ano ,so os impostos sem contar as contas separadas.
Inss sobre dois salários:uns 150,00
Impostos e direitos de 6 funcionários que infelizmente ganham salário minimo:2000 por mes
Impostos sobre combustível;5.000,00 por ano
Icms do que eu compro e do que vendo,uns 10.000 por mes
Impostos nas compras de casa:3000,00 por ano talvez um pouco mais.
Mais ou menos 32.000 de impostos por ano.
O que daria pra contratar mais 6 funcionários e pagar a eles umas tres vezs mais.
So ki infelizmente, vem as (zautoridades) e comem tudo e em troca nos deixam estradas esburacadas, hospitais sem atendimento digno,lixo e sujeira pra todo lado,pra wlguns punhados de vagabundos ficar comendo do bom e do melhor das nossas custas,qye saber eles estão cértíssimo tem que sonegar mesmo, acho que a policia deveria inclusive começar a prender era la na cidade administrativa, que mais parece u. Castelo de contos de fadas,tudo feito com o nosso dinheiro, e pra vc entrar la,so se for convidado ,vao se lascar,esses políticos mineiros.”

Anonymous

19 de janeiro, 2022 | 17:06

“Todos que abrem empresas sabem da carga tributária, simplesmente estão roubando o estado, aliás roubando à população, pois em teoria a grana deveria revertida ao povo. se roubou tem q ser preso?.”

Daniel da Silva Vasconcelos

19 de janeiro, 2022 | 11:47

“Ou paga o assalto legalizado ou eles tomam na marra!”

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