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18 de janeiro, de 2022 | 10:00

Emater estima que 127 mil produtores rurais foram prejudicados em MG

Arquivo DA
As chuvas encareceram produtos como tomate (+ 41,2%), batata (+ 64,8%) e cenoura (+ 66,4%)As chuvas encareceram produtos como tomate (+ 41,2%), batata (+ 64,8%) e cenoura (+ 66,4%)
Um levantamento preliminar feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) mostra que a produção agropecuária de 416 municípios mineiros (48,7% do total) foi prejudicada pelas chuvas do início do ano. São 127 mil produtores rurais que sofreram algum tipo de dano.

Entre os municípios com estimativa de áreas atingidas, a produção de feijão 1ª safra foi a mais prejudicada, com 42,2% da área a ser colhida. As regiões Norte, Cerrado, Nordeste, Leste e Central foram as mais atingidas. Já na produção de hortaliças, é estimado um comprometimento de 37% da área, principalmente nas regiões Nordeste, Leste e Central de Minas Gerais. A produção de milho (safra verão) tem uma estimativa de 23,3% de área afetada, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Central.

Há ainda alguns pontos de interdição em rodovias que podem prejudicar o escoamento de produtos como morango e batata, principalmente nas regiões Sul e Campo das Vertentes.

Pecuária
Na pecuária leiteira, a estimativa da Emater-MG mostra que, nos municípios prejudicados pelas chuvas, 21,4% da produção de leite deverá ser comprometida, principalmente nas regiões Nordeste, Leste e Central. Uma pesquisa feita pelos técnicos da empresa com 96 laticínios no Estado indicou que, em média, a queda na captação de leite foi de 9%, principalmente pela dificuldade de deslocamento em algumas localidades.

Outras atividades que registram possibilidade de dano com as chuvas foram piscicultura (28,3%), avicultura caipira (23,7%), pecuária de corte (17,7%) e suinocultura caipira (15%).

Oferta dos produtos
O preço dos hortigranjeiros subiu 4,9% no entreposto da CeasaMinas em Contagem, principal ponto de abastecimento para revendedores em todo o Estado. Nos dez primeiros dias de janeiro, em comparação com o mês anterior, a oferta reduziu entre 15% e 20%. O aumento no preço foi puxado pelo grupo das hortaliças, cuja elevação foi de 21,6%.

Conforme dados do coordenador da Seção de Informação de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins, cerca de 85% das hortaliças comercializadas no ceasa são produzidas em Minas Gerais. Por isso, com as chuvas, esse grupo sofreu maior impacto na oferta e no preço. Os produtos que mais encareceram foram tomate (+ 41,2%), batata (+ 64,8%) e cenoura (+ 66,4%).

No entanto, Minas Gerais produz somente 35% das frutas comercializadas no entreposto da CeasaMinas. Por isso, o impacto não foi tão grande nesse grupo. Inclusive, no geral, houve redução de 9,5% no preço de frutas e ovos. As maiores quedas foram da banana nanica (- 15,2%), limão tahiti (- 22,7%) e mamão formoso (- 50,1%).

Variação dos preços nos últimos dias

Hortaliças que ficaram mais caras:
Tomate: + 41,2%
Batata: + 64,8%
Cenoura: + 66,4%

Hortaliças que ficaram mais baratas:
Couve-flor: - 13%
Milho verde: - 39,2%
Pepino: - 8,5%

Frutas que ficaram mais caras:
Abacate: + 11,2%
Banana prata: + 26,2%
Manga: + 30,5%

Frutas que ficaram mais baratas:
Banana nanica: - 15,2%
Limão tahiti: - 22,7%
Mamão formoso: - 50,1%

*(Fonte CeasaMinas)
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