07 de janeiro, de 2022 | 10:00

Minas Gerais enfrentará nova onda de covid-19 em janeiro, afirma secretário estadual

Reprodução
Fábio Baccheretti informou que o Estado deverá receber cerca de 370 mil doses da vacina Pfizer para uso em crianças neste mês Fábio Baccheretti informou que o Estado deverá receber cerca de 370 mil doses da vacina Pfizer para uso em crianças neste mês

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (6), que Minas Gerais deverá enfrentar uma nova onda de casos de covid-19 neste mês de janeiro. Conforme o médico, esse aumento do número de confirmação da doença em pacientes se deve à variante ômicron, que já se tornou dominante em diversos países mundo afora, inclusive no Brasil.

Na entrevista, Baccheretti informou que, até o momento, já foram confirmados 138 casos da ômicron em Minas Gerais. “Em questão de poucas semanas, a ômicron vai dominar o cenário. A Europa e o Estados Unidos também já estão indo para seu pico de casos novos, com tendência de queda depois. Aqui não vai ser diferente. A nossa expectativa é que na próxima semana a gente atinja um aumento vertiginoso, exponencial, de casos novos de ômicron”, alertou.

Comparação

Conforme o secretário, em agosto do ano passado, quando foi identificada a variante delta em Minas Gerais, não houve alteração no perfil da pandemia, diferente da Europa. “A quarta onda da Europa foi de aumento de casos e de óbitos, por causa da delta. Nós não tivemos isso. A delta não causou uma nova onda em nosso Estado, mas a ômicron vai causar um aumento de muitos casos. A expectativa é que tenhamos prontos atendimentos mais cheios de pacientes sintomáticos, mas já em relação ao aumento de internações graves em CTI [Centro de Terapia Intensiva], a expectativa é que isso não ocorra, como em março e abril do ano passado”, disse.

Carnaval

Em relação ao carnaval, o secretário de Saúde ressaltou que com a chegada da ômicron, todos os planos foram alterados. “Quando discutíamos a realização de carnaval em novembro, ainda não tinha a ômicron e, obviamente, isso muda todo o planejamento. Isso faz parte da pandemia. Neste momento, não tem como pensar em carnaval, mas o posicionamento do Estado é que não vamos incentivar nenhuma aglomeração. O carnaval de rua não será incentivado pelo Estado”, afirmou.

Cidades históricas

Em dezembro do ano passado, a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais decidiu, por meio de Assembleia Geral, que os 30 municípios mais antigos do Estado, que fazem parte do grupo, não vão promover as tradicionais festas de carnaval em 2022. Conforme a assessoria de comunicação da associação, a medida foi tomada para não haver retrocesso nas conquistas já obtidas de combate à covid-19. Entre os municípios estão Ouro Preto, São João del-Rei e Tiradentes.

Uso de máscara

Fábio Baccheretti também informou que não existe previsão para a flexibilização para o uso de máscara em Minas Gerais. “O uso da máscara é fundamental, porque a ômicron se transmite muito rapidamente. Mesmo a ômicron gerando menos internação, ela gera alguma. Se tivermos muitas pessoas contaminadas, a proporção de número de pacientes internados será alta. Não podemos deixar isso acontecer”, frisou.

Pico de gripe

Além da covid, o Brasil também vive um surto de gripe, incomum para esta época do ano. Segundo o secretário estadual, o pico de gripe deve durar duas semanas. “Se olharem historicamente, as unidades de pronto atendimento e hospitais ficam cheios de crianças gripadas em fevereiro e março. Isso é habitual. Nós estamos acumulados agora, mas é um pico que deve começar a cair em duas semanas. Estamos agora com uma grande pressão no pronto atendimento, diferente na CTI, que é o nosso indicador mais importante”, informou.

Vacina para crianças

Fábio Baccheretti também revelou na entrevista que o governo de Minas tem a expectativa de receber, ainda em janeiro, cerca de 370 mil doses da vacina Pfizer para uso em crianças entre 5 e 11 anos. As remessas devem chegar nos dias 13, 20 e 27 deste mês.
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