30 de dezembro, de 2021 | 10:00

Vacina atual contra a gripe pode evitar casos graves da H3N2, afirma infectologista

Enviada por leitor
Lotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) tem se tornado comum após o surgimento do vírus influenza H3N2Lotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) tem se tornado comum após o surgimento do vírus influenza H3N2

A nova variante do vírus influenza, H3N2, a Darwin (nome de uma cidade da Austrália onde a cepa foi sequenciada), tem sido vista como uma ameaça pelos profissionais da saúde. Ao longo desta semana, cenas que mostram lotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), onde pessoas com sintomas graves da doença aguardam por atendimento, têm se tornado comum. Conforme a infectologista que atua em Ipatinga, Carmelinda Lobato, uma forma de amenizar esse cenário, visto em várias cidades Brasil afora, é por meio da vacina contra a influenza.

Carmelinda Lobato ressalta que a vacina deste ano contra a influenza oferece certa proteção contra essa a variante da gripe, a H3N2. “Quem ainda não se vacinou, principalmente, as pessoas do grupo de risco, como aquelas que têm uma doença crônica ou gestantes, puérperas e pessoas que têm alguma comodidade, devem procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde para receber sua dose o mais rápido possível”, alerta.

A infectologista destaca que essas pessoas do grupo de risco são aquelas que têm uma maior chance de desenvolver a forma grave da nova gripe. “Desse modo, se você toma a vacina, pode até se contaminar por influenza, mas vai estar protegido da forma mais grave da doença. Vale ressaltar que qualquer pessoa, obviamente, pode se vacinar, não apenas do grupo de risco”, salienta.

Medidas preventivas
Para evitar a contaminação pelo vírus da gripe, a infectologista aponta as medidas preventivas que devem ser adotadas pela população no dia a dia. “Se a pessoa apresentar sintomas de gripe ou de covid-19, como tosse, dor de garganta, febre e coriza, ela deve evitar sair. Não participando de festas, nem de aglomeração. Deve ficar em casa até uma melhora significativa para não transmitir o vírus para outras pessoas. Outras medidas importantes são o uso de máscara e higienização das mãos”, detalha.

Dados não atualizados
O superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira, informa que no momento não há dados atualizados dos casos de pessoas com H3N2, porque a influenza não tem os mesmos critérios universais de notificações, como, por exemplo, o da covid-19. “Mas estamos juntos aos municípios e hospitais buscando atualizar as informações referentes aos casos de influenza. Por ainda estarmos no período de pandemia e, também por se tratar de síndromes gripais, as pessoas precisam realizar o teste de covid-19 para confirmar ou descartar a patologia”, salienta.

Âmbito estadual
A Fundação Ezequiel Dias (Funed) identificou 195 casos de influenza A/H3N2 e uma de influenza A/H1N1 em Minas Gerais, entre os dias 1º e 28 de dezembro, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O resultado ocorreu por meio de pesquisas voltadas para o vírus da gripe utilizando metodologia de RT-PCR, conforme publicado pelo jornal O Tempo. O balanço divulgado no dia 23 indicava 147 casos, ou seja, 48 amostras foram identificadas em cinco dias – um crescimento de 32,6%.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário