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03 de dezembro, de 2021 | 07:43

Confirmados cinco casos variante Ômicron no Brasil

Ministério da Saúde informa que há outros oito casos sob investigação

Com informações da Agência Brasil
O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (2) cinco casos da variante Ômicron no Brasil – três em São Paulo e dois no Distrito Federal. São quatro homens e uma mulher, todos vacinados contra a covid-19. Eles estão isolados e pelo menos um apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática.

De acordo com a pasta, há ainda oito casos da variante em investigação no país, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no Distrito Federal.

“Hoje, temos uma situação sanitária bem mais equilibrada, mas lidamos com a imprevisibilidade biológica desse vírus, que sofre mutações. A vigilância em saúde está atenta e atuante pra que essas variantes sejam identificadas e pra que se avalie o potencial dessa variante complicar o cenário pandêmico”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Preocupação sim, mas não alarmismo

A variante do coronavírus recém-descoberta e com os primeiros casos confirmados no Brasil, deve ser motivo para preocupação, mas não para alarmismo. A afirmação é de dois virologistas que participaram do Congresso em Foco Talk na quinta-feira (2).

“Ela tem potencial muito grande de causar problemas. Isso não quer dizer que ela vai causar problemas”, disse Fernando Spilki, doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia. “Eu acho justificado não um alerta extremista, mas um momento de maior atenção”, disse o microbiologista.

Clarissa Damaso, professora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) e chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus, considera que, até o momento, não há justificativa para alarmismo. Em sua visão, o surgimento da Ômicron era até esperado. “Não me espanta nada o surgimento, pois é o vírus sendo vírus”, ponderou. “Isso faz parte da natureza viral, como ele replica”, acrescentou. A íntegra pode ser assistida aqui.

Já, o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Flávio da Fonseca, afirma que os dados disponíveis até o momento sobre a variante Ômicron ainda são insuficientes para prever o impacto que terá, mas aponta que ela tem "potencial de disseminação gigantesco".

"Embora os dados ainda sejam fragmentados, está claro que ela (ômicron) tem potencial de disseminação gigantesco — pelo número alto de mutações e pela rapidez com que já se disseminou", disse em entrevista à BBC News Brasil o virologista, que também é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em relação às vacinas contra a covid-19, cientistas ainda avaliam se os imunizantes em uso atualmente são capazes de dar a mesma proteção em relação à ômicron.

O professor da UFMG afirma que a resposta ajudará a entender o possível impacto da variante no Brasil. "Os pesquisadores estão atentos ao comportamento dessa variante em regiões com maior cobertura vacinal do que o sul da África, como alguns países da Europa, para buscar mais elementos para tentar prever impactos em território brasileiro", concluiu.
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