29 de novembro, de 2021 | 17:05
Repente vira mais um patrimônio cultural do Brasil
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu, por unanimidade, o repente como patrimônio cultural do Brasil. Referência para a identidade da região Nordeste, o repente é conhecido também como cantoria e tem como fundamentos: o verso, a rima e a oração. Os repentistas ou cantadores se espalham pelas capitais e interior dos estados do Nordeste brasileiro e também nas regiões para onde ocorreram migrações de nordestinos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A votação foi feita pelos 22 membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan, no início deste mês.
O dossiê de registro elaborado documenta mais de 50 modalidades de repente, nas quais estão incluídos os versos heptassílabos, cuja acentuação tônica obrigatória está na sétima sílaba; e versos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso. Com o reconhecimento pelo conselho consultivo, o repente foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão, onde também estão catalogados bens como a roda de capoeira, o maracatu nação (PE), o carimbó (PA) e a literatura de cordel. O próximo bem que será analisado pelo conselho consultivo vinculado ao Iphan é o forró. Conforme o Iphan, a reunião ainda não tem data definida, mas a análise do pedido será feita em dezembro, quando se comemora, no dia 13, o nascimento de Luiz Gonzaga e, também, o Dia do Forró. (Com Agência Brasil)
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