28 de novembro, de 2021 | 09:30

Homens entre 20 e 40 anos predominam nos casos de HIV em Coronel Fabriciano

Marcelo Camargo /Agência Brasil
Núcleo especializado disponibiliza teste rápido Núcleo especializado disponibiliza teste rápido

Décadas após a descoberta do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o avanço da medicação contribui na adesão ao tratamento e consequentemente ajuda na redução do número de óbitos por aids. Na próxima quarta-feira (1) é lembrado o Dia Mundial de Combate à Aids, uma data criada para alertar a população e reforçar a importância da prevenção. Atualmente, a maior parte dos casos positivos do vírus é em jovens do sexo masculino.

Em Coronel Fabriciano, a Gerente da Atenção Especializada, Danielle Miranda, conta que atualmente há 296 pacientes em tratamento de soropositivos no município. “A predominância é de homens, adultos, na faixa etária de 20 a 40 anos. Nessa faixa são 106 homens e 26 mulheres”, detalhou.

Em relação ao tratamento das pessoas que se contaminam com o vírus HIV, a gerente lembra que o paciente portador do vírus é considerado um paciente crônico, não tem cura, mas tem tratamento eficaz para impedir o adoecimento, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), que evoluiu muito nos últimos anos. ”Na década de 80 o diagnóstico de HIV era uma sentença de morte, com pequena expectativa de vida, pouca medicação disponível e com muitos efeitos colaterais. Com a evolução dos antirretrovirais, cada vez mais eficazes, houve expressiva melhora na qualidade e expectativa de vida”, destacou.

Os avanços na medicação também contribuem para a melhora na adesão das pessoas ao tratamento. “Devido ao acompanhamento da equipe multidisciplinar, tratamento medicamentoso mais simples, com menor quantidade de comprimidos por dia e redução dos efeitos colaterais”, contou Danielle Miranda.

Além disso o aumento da disponibilidade na rede de atenção à saúde e melhora das sensibilidades e especificidade dos testes rápidos para diagnóstico, o início do tratamento precoce, impedem a evolução da doença e a contaminação de um maior número de pessoas. Resultando significativamente no número de óbitos por Aids. Dados da Vigilância Epidemiológica (VIEP) repassados pela Administração Municipal indicam três óbitos em 2020 e dois em 2021.


Casais com HIV podem ter filhos imunes


Casais considerados HIV positivos ou sorodiscordantes, formado entre uma pessoa que vive com HIV e outra pessoa que não vive com o HIV, podem gerar filhos HIV negativos. “Quando o vírus se mantém indetectável na mãe durante a gestação, além da medicação realizada antes do parto e da profilaxia do recém-nascido por 28 dias, é possível evitar a transmissão vertical”, explicou Miranda.

Atendimento especializado

Em Coronel Fabriciano o Núcleo Especializado em Programas de Saúde (NEPS) é uma unidade de Atenção Especializada, constituído pelo Programa Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), AIDS, Hepatites Virais, Tuberculose e Hanseníase. O Programa contempla o Serviço de Assistência Especializada (SAE), que realiza o acompanhamento e tratamento desses agravos, e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), responsável pela testagem rápida para HIV, Sífilis, Hepatites B e C, além de ações de prevenção das IST's e promoção à saúde. A forma de acesso ao serviço é por meio de demanda espontânea e encaminhamentos provenientes da Atenção Básica. O usuário é acolhido e acompanhado por equipe multidisciplinar. Todos os serviços são gratuitos. O NEPS funciona na rua São Sebastião, 1007, no bairro Professores, de 7h às 18h.

O que é o HIV

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Há soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
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