23 de novembro, de 2021 | 13:24

Mais sofismas e menos clima: O falso dilema da crise climática

Vinícius Moreira *

Assunte tudo que puder nesse mundo leviano. Assim lhe digo. Assuntar é mesmo que meditar, mas como aqui em Minas Gerais temos uma língua específica, assim definimos. É um acinte (paronomásia intencional) que vivamos em tamanho abismo entre a realidade, fática (pleonasmo mesmo) de todos problemas conjunturais que vivemos.

O negacionismo climático, quando o planeta não mais emite sinais, mas começa a justamente nos punir por toda interferência em seus resilientes ecossistemas, porém incapazes de sobrepujar a horda maquiavélica e insana que imputamos a nossa casa comum. Não há mais saída.

Passou da hora dos debates ultrapassarem as COPs, as representações dos Estados/políticas, que no caso dos países em desenvolvimento, via de regra não representam seu povo. Democracia ambiental é um novo tema que urge a se debater e implementar.

O escapismo para a lua e colonização de algum outro planeta, nessa elucubração insana do homem será de uns poucos, caso se reste viável um dia.

Economia verde, sustentabilidade, agora ESG(Environnmental, Social and Governance), que em bom português significa ambiental, social e governança, a nova moda adotado pelas organizações privadas para dizer que estão fazendo algo.

Exauriram o termo sustentabilidade que tem sua gênese em debates sérios, em especial, neste caso na conferência das Organizações das Nações Unidas, realizada na Suécia, na cidade de Estocolmo em 1972.

Não há mais espaço para sofismas e maniqueísmos que experimentam um autoengano coletivo.

Urge que as instituições públicas e privadas e todos estratos sociais do mundo, reflitam e implementem de fato ações que enfrentem com a estatura do problema da crise climática, perda de biodiversidade, escassez severa de água.
Qual nome vamos dar para quando ali, logo ali mesmo, por que sou mineiro e nossos “alis” são sempre meio equidistantes, quando toda ação humana não fizer mais sentido? Te encontro logo ali, na esquina, sem sofismas mineiro cara pálida.

* Bacharel em Ciências Biológicas, Bacharel em Turismo, Mestre em Gestão de Áreas Protegidas na Amazônia, Analista Ambiental e gestor do Parque Estadual do Rio Doce

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Comentários

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Tião Aranha

23 de novembro, 2021 | 20:41

“O bioma da Amazônia é bem distinto. E é bem provável que num futuro próximo nem vai existir mais.”

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