27 de outubro, de 2021 | 14:40

Resultado do LIRAa aponta situação de alerta em Ipatinga

Divulgação
Números registram declínio em relação ao levantamento anterior, mas situação ainda é de alerta, com índice de infestação de 4,4% do Aedes aegypti Números registram declínio em relação ao levantamento anterior, mas situação ainda é de alerta, com índice de infestação de 4,4% do Aedes aegypti

A Secretaria de Saúde de Ipatinga apresentou nesta terça-feira (26) o resultado do terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município. O recolhimento dos números ocorreu entre os dias 18 e 22 de outubro. Foram vistoriados 4.311 imóveis na cidade, apurando-se que 4,4% dos domicílios pesquisados têm focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Os dados apontam uma redução positiva em relação ao último levantamento, realizado em março deste ano, que apresentou índice de 5,9%. Entre os bairros com índices mais elevados estão Bom Jardim, Ferroviários e Horto.

O secretário de Saúde, Cléber de Faria, adverte que apesar da melhoria do quadro, o índice de 4,4% coloca o município em um nível de alerta, o que é visto com preocupação, pois a dengue se tornou uma doença endêmica, que tem se perpetuado ao longo dos anos. “Neste momento as nossas ações serão voltadas à intensificação dos mutirões, pois sabemos que os ovos do Aedes podem sobreviver por até um ano em local seco, sem eclodir. Por isso, quanto mais conseguirmos fazer as remoções, mais teremos resultados positivos no verão. Contudo, nenhuma ação do poder público vai substituir a participação da sociedade civil no combate ao vetor, já que 90% dos criadouros estão nos quintais das pessoas”, observou.

Situação por área

Segundo análise feita pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga, os indicadores estão muito acima do limite máximo recomendado pelas autoridades de Saúde. A vistoria revelou os bairros e regiões que apresentaram maiores índices de infestação: Bom Jardim, Ferroviários, Horto, área industrial, região próxima à Usipa (8,4%); Veneza (6%); Caravelas e Jardim Panorama (5%); Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro e Parque Ipanema (5%); Esperança e Ideal (4,7%); Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre (3,6%); Cidade Nobre e Iguaçu (3,5%); Vila Celeste (3,4%); Granjas Vagalume, Bethânia (3,3%) e Canaã (1,1%).

Ambiente propício

O Departamento de Vigilância em Saúde (DEVS), por meio da Seção de Controle de Zoonoses (SCZ), informa que está programando ações setorizadas para conscientização em todo o município. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Sâmela Iglesias, salienta que “neste momento o ambiente é propício para a proliferação do mosquito. Em períodos chuvosos, a oferta de criadouros é elevada, ao passo que, quando a temperatura aumenta, eleva-se também a velocidade de desenvolvimento do vetor. O mosquito leva de sete a dez dias para se desenvolver de ovo a adulto, e a forma mais eficiente de evitar surtos das doenças transmitidas por ele é eliminar o ciclo de vida do inseto”, explica.
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Comentários

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Ferreira

27 de outubro, 2021 | 16:35

“Agora acabou covid, vai ter carnaval e até o Aedes aegypti voltou”

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