04 de outubro, de 2021 | 00:02

Jovem é executado a tiros no bairro Limoeiro, em Ipatinga

Assassino confesso foi preso em cerco da Polícia Militar, revólver usado no crime na noite de domingo também foi apreendido

Gustavo Gonçalves de Oliveira, o Angú, de 22 anos, foi assassinado a tiros na noite de domingo (3) na rua Manoel Vicente de Araújo, no bairro Limoeiro em Ipatinga. O assassino confesso acabou preso em flagrante durante as buscas da Polícia Militar realizadas no bairro e a arma usada no crime foi apreendida.

O acusado de autoria do crime, Felippe Antônio de Souza Reis, de 28 anos, foi localizado pelos policiais ainda no Limoeiro, na rua Nozes, ainda de posse da arma do crime. Um motorista de aplicativo também foi detido como suspeito de coautoria no assassinato que movimentou a PM na noite de domingo, como acompanhou o Diário do Aço no local dos fatos.

De acordo com as ligações telefônicas feitas à PM e a apuração no local, um indivíduo chegou em um VW Voyage de cor branca. O passageiro desembarcou e, com uma arma de fogo, disparou contra a vítima. Após o crime, o assassino fugiu correndo e embarcou no carro, que ficou parado na esquina.

Uma equipe do SAMU foi acionada, mas ao chegar ao local do crime constatou que a vítima já se encontrava sem vida. O perito da Polícia Civil realizou os trabalhos junto ao corpo de Gustavo e recolheu três cartuchos deflagrados de calibre 38. Ele avaliou que um dos tiros acertou fatalmente o pescoço do jovem, que morava na rua Abacaxi, no Limoeiro.

Cerco policial possibilitou a abordagem ao carro usado na fuga

Em um rápido cerco da PM, realizado na região, foi possível encontrar o Voyage conduzido por R.G.L.V., de 28 anos. Ao ser parado, o condutor alegou ser motorista de aplicativo. Ele entrou em contradição e revelou que trouxe o amigo “Felipinho Preto” até ao bairro e sabia que o passageiro encontrava-se armado e com a intenção de praticar um crime.

Com a confirmação do suspeito do assassinato, as equipes das companhias 138º e 143º foram até a rua Nozes, no Limoeiro, onde o possível autor do homicídio poderia estar escondido. Felippe correu quando viu a aproximação das viaturas, além de deixar para trás um revólver calibre 38 antes de pular um muro do lote nos fundos.

Todo o quarteirão foi cercado e, em dez minutos, o suspeito foi localizado escondido em meio ao mato. Ao ser encontrado, já dominado pelos policiais, Felipinho Preto confessou a autoria do homicídio informando que foi para o Limoeiro para matar Angu, pois sabia que o alvo ficava nas proximidades da rua Uva.

Tanto para os policiais, bem como para o Diário do Aço, Felippe alegou que matou Gustavo por causa de um prejuízo financeiro que Gustavo lhe provocou. A vítima teria lhe vendido um carro clonado. “Me deu R$ 13 mil de prejuízo. Não ia fazer nada com ele, mas passou a me ameaçar”, comentou o autor logo depois de ser preso pela PM.

Preso pelo homicídio encontra-se com tornozeleira eletrônica

Felippe encontra-se em progressão de regime, inclusive com tornozeleira eletrônica. Ele envolveu o equipamento com papel alumínio para tentar enganar o monitoramento realizado pela Justiça. A vítima, segundo informou o tenente Glauberson ao Diário do Aço, também tinha passagens pela polícia.

O autor confesso do homicídio afirmou ainda que faz tratamento psicológico por problemas depressivos, além de ter “esquentado” a cabeça por ter sido abandonado no fim de semana pela namorada pela qual estava apaixonado. “Gastei com ela no shopping mais de R$ 4 mil”, revelou Felippe alegando que vai “cobrar o vacilo” da mulher quando for solto.

Felipinho Preto e o motorista de aplicativo foram encaminhados para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil com a arma de fogo utilizada no homicídio apreendida. A calça que o autor do homicídio usava no momento do crime e uma máscara facial também foram apreendidas. O VW Voyage usado no transporte do autor confesso do homicídio também recolhido e removido ao pátio credenciado pelo Detran.