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22 de setembro, de 2021 | 05:16

Ministro da Saúde testa positivo para covid-19 em Nova York

Marcelo Queiroga ficará de quarentena nos EUA

Agência Brasil
Reprodução instagram
Queiroga está entre os integrantes do governo que acompanharam o presidente em Nova IorqueQueiroga está entre os integrantes do governo que acompanharam o presidente em Nova Iorque

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, por meio de suas mídias sociais, que testou positivo para a covid-19. Queiroga fez parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que esteve em Nova York (EUA) para a a 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O ministro disse que "ficará em quarentena nos EUA, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária". "Enquanto isso, o Ministério da Saúde seguirá firme nas ações de enfrentamento à pandemia no Brasil."

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) informou que os demais integrantes da comitiva realizaram o exame e testaram negativo para a doença e que o ministro passa bem. Entretanto, o primeiro caso foi descoberto entre um diplomata que saiu do Brasil havia cerca de dez dias, para preparar os trâmites da viagem presidencial.

Marcelo Queiroga tem 55 anos de idade e está vacinado desde março deste ano. Por ser médico, ele estava entre os grupos prioritários para a imunização. Já recebeu as duas doses da CoronaVac, vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Nenhuma vacina impede que uma pessoa se contamine com o coronavírus. O objetivo do imunizante é evitar que, se contaminada, a pessoa tenha efeitos graves da covid-19.

Ignorando esse conceito, bolsonaristas antivacinas aproveitaram a notícia da contaminação do ministro da Saúde, para atacar a campanha de vacinação. Os internautas não perdoaram: "Ele se vacinou mas não é mutante, tem que usar máscara e se cuidar, coisa que o chefe dele não faz. A vacina apenas diminui a possibilidade de morte e de hospitalização. Não torna invulnerável", disparou uma das seguidoras do ministro no Twitter.

Anvisa recomenda quarentena para equipe que foi a NY

Todos os integrantes da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que tiveram contato com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, devem adotar medida de isolamento social, permanecendo em quarentena assim que retornarem ao Brasil. A recomendação foi expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pelo fato de Queiroga ter sido diagnosticado com Covid-19, em exame feito nos Estados Unidos, a Anvisa remeteu um ofício na madrugada desta quarta-feira, à Casa Civil da Presidência da República, com as orientações sanitárias que seguem as medidas protetivas no caso da pandemia.

A recomendação da Anvisa deve ser aplicada, inclusive, ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo a agência as medidas devem ser seguidas por todos que tiveram contato com o ministro durante a viagem à Nova York, em que o presidente participou da Assembleia Geral da ONU.



Volta antecipada

Bolsonaro e o restante de sua comitiva embarcaram na noite desta terça-feira (21) de volta para o Brasil. O presidente fez o discurso de abertura da sessão de debates da 76ª Assembleia Geral da ONU e logo depois retornou.

Em seu discurso, Bolsonaro disse que o Brasil está trabalhando na atração de investimentos da iniciativa privada e que possui “tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo”.

Além de fazer o discurso de abertura, o presidente também se encontrou com o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Boris Johnson, para tratar com as relações comerciais entre os dois países e o fortalecimento da parceria bilateral, e com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, para tratar, entre outros temas, do acordo Mercosul-União Europeia.

Repercussão internacional do discurso

A imprensa internacional repercutiu na noite de terça-feira, o discurso de Bolsonaro na ONU. Para alguns veículos, o presidente adotou um tom "provocador", além de ser uma "figura controversa" e destacaram que ele é um "não vacinado".

Para o jornal estadunidense New York Times, Bolsonaro começou a Assembleia Geral "defendendo o uso de remédios ineficazes para o tratamento de coronavírus e afastando críticas ao histórico ambiental de seu governo".
"Não vacinado e provocador, Bolsonaro tentou evitar críticas em discurso da ONU", diz o texto.

O Washington Post, enfatizou que o presidente quebrou um 'sistema de honra' da ONU ao não estar vacinado. O jornal classificou o discurso como "desafiadoramente estranho para um evento que deve focar principalmente na resposta global à pandemia".

O argentino Clarín ressaltou a fala do presidente sobre o Brasil estar "à beira do socialismo" e o fato de ele ter afirmado que não há corrupção em seu governo. Ele "é investigado por um escândalo na tentativa de compra fraudulenta de vacinas", destacou o periódico.

Entre outras publicações, o britânico The Guardian afirmou que o presidente brasileiro mostrou ser uma "figura controversa durante a pandemia" ao minimizar os impactos da covid-19 e se recusar a ser vacinado.
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Comentários

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Paulo

22 de setembro, 2021 | 06:52

“A última vez que vi um agente público apontar um dedo médio para o povo foi Collor. O Queiroga é personificação deste governo, ministro da saúde com covid em NY, o único presidente que não foi vacinado. Comitiva é obrigada a comer na rua pq presidente não foi vacinado, para o gado um gesto de simplicidade. Como alguém sério vai fazer negócio com um país deste? Uma republiqueta de bananas.”

Carlos Roberto Martins de Souza

22 de setembro, 2021 | 06:06

“Me desculpe, mas acho que aí tem, ele está na lista de convocados da CPI, depois do vexame do ministro da CGU ontem, ele é o governo perceberam que a cada caiu, e seria melhor proteger o Ministro da Doença, pois ele falou muita besteira na semana passada,. Como disse, tenho dúvidas .. e como tenho!”

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