19 de setembro, de 2021 | 19:09
Incêndio destrói vegetação na divisa de Santana do Paraíso com Ipatinga
Fogo começou no alto do bairro Parque Veneza e saltou para a encosta do bairro Parque das Águas
O fogo começou no alto do bairro Parque Veneza (Santana do Paraíso) e se alastrou para a encosta do bairro Parque das Águas (Ipatinga)
Um incêndio de grandes proporções atingiu a vegetação entre os bairros, Parque Veneza (Santana do Paraíso) e Parque das Águas (Ipatinga), na noite deste domingo (19). Não se sabe quem deu início à queimada.
Os indícios apontam que o fogo começou no alto do bairro Parque Veneza e saltou para a encosta do bairro Parque das Águas, queimando a vegetação em uma área de preservação ambiental sob responsabilidade do município de Ipatinga.
O incêndio nessa área é recorrente e, como nos anos anteriores, sempre começa do lado de Santana do Paraíso e salta para Ipatinga.
A área é refúgio de animais como quatis, micos e várias espécies de aves. Aceiros são feitos em partes da área da encosta, mas se mostram insuficientes para conter o fogo, pois as faíscas fazem com que as chamas se espalhem por todos os lados.
As queimadas nas encostas das cidades têm sido um tormento para as pessoas. Não bastasse o calor de 37 graus e a poluição habitual, a fumaça faz piorar a qualidade do ar. Além disso, a fuligem expelida pelas queimadas invade as casas mais próximas, gerando mais transtornos para os moradores. Veja mais abaixo, vídeo do incêndio agora a noite.
Por volta das 20h, como o fogo aproximava-se dos prédios da rua Rio São Francisco, uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local para conter o avanço das chamas.
Bombeiros atuam em área de incêndio no Parque das Águas
Sem previsão de chuva
O Vale do Aço permanece sem previsão de chuva para os próximos dias. Nada de chuva para aliviar o calor e os efeitos das queimadas.
Para segunda-feira, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de céu com poucas nuvens e temperatura entre a mínima de 20 e a máxima de 32 graus.
A umidade do ar cai a 40%, o que requer cuidados com crianças, idosos e pessoas com dificuldades respiratórias.
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Jane
20 de setembro, 2021 | 12:06Incêndios recorrentes e nas mesmas localidades demonstram que inteligência investigativa e nem preditiva não é usada pelas autoridades que deveriam prevenir e punir tais atos. Aceiros ineficientes, então outra forma de contenção deveria ser pensada. Molhar os limites destas matas como fazem nna mata do Parque do Inhotim? colocar câmeras ou monitorar a área com drones. Talvez os bombeiros atuarem mais no ínicio do fogo?? Não é raro alguém ligar para os bombeiros e devido ao fogo ser "baixo" ou "pequeno" não atuarem. Formar brigadistas que atuem mais rápido e preventivamente nestes casos? Talvez os combatentes de fogo passarem a atuar mais rapidamente nos focos iniciais?? É esquisito só mobilizarem quando a coisa já está muito grande e praticamente descontrolada. Talvez tenham que repensar a forma de operar. E quanto a polícia ambiental, se algo acontece todo ano no mesmo lugar, já é uma pista para investigação e monitoramento mais ativo.
Engraçado que dá a impressão que só vira problema quando a fuligem suja as casas, o incêndio é problema porque estraga o solo, aumenta a erosão, faz o solo virar uma "pista de descida" para águas das chuvas que um dia virão e causarão deslizamentos e enchentes, pois o fogo impermeabiliza o solo. E o pior mata, mutila com grande sofrimento os animais. Quanto ao mato que parece morto antes do fogo está apenas em suspensão esperando a chuva. Mas a vegetação seca não grita, uma pena. Deveria gritar de forma ensurdecedora para a sociedade acordar de fato.”