15 de setembro, de 2021 | 07:55

PMs prendem mulher ao ameaçar com faca um menino em igreja na cidade de Ipaba

A ação de dois policiais militares, um da ativa e o outro da reserva que participavam de um culto em uma igreja evangélica na noite de terça-feira (14), pode ter evitado um homicídio contra um garoto de 12 anos. Revoltada por causa de fofoca envolvendo seu nome, S.H.S., de 28 anos, invadiu o templo religioso na avenida José Rodrigues de Almeida, no Centro de Ipaba, e teria ameaçado ferir com uma faca o pescoço do adolescente.

A ameaça foi praticada na igreja Pentecostal Filadélfia por volta das 19h40. A mulher entrou trazendo consigo um objeto e foi em direção ao menino. Ao aproximar-se dele, S.H. sacou uma faca e colocou a arma no pescoço da vítima. No culto estavam o sargento Luís, da ativa, mas em trajes civis, e o sargento Ayresângelo, que atualmente está na reserva (aposentado).

Luís informou ao Diário do Aço que a mãe de S.H. chegou informando que a filha estava armada e poderia matar alguém na igreja. Ao notar a possibilidade de uma agressão contra o adolescente, os dois policiais agiram rápido. Luís chegou a levar o braço para fazer uma barreira entre a faca e a vítima, inclusive sofrendo um corte ao proteger o alvo.

Neste momento, o adolescente saiu correndo para a rua, com destino à sede do Pelotão da PM onde estava a sua mãe para fazer uma ocorrência contra a acusada. "Eu fui atrás da mulher que tentou alcançar a vítima e consegui segurá-la, mas ela tentou se desvencilhar com a faca. Neste momento, o sargento Ayresângelo e outras pessoas dominaram a mulher retirando dela a faca que portava", detalhou.

O sargento disse que desarmar S.H. não foi fácil, pois todos tiveram dificuldades para imobilizá-la e retirar a faca que ela portava. "Seis homens para tomar a faca dela, pois estava com uma força descomunal. Acredito que ela estava possuída", comentou assustado o policial militar.

Depois de ser medicada em uma unidade de saúde de Ipaba, devido os ferimentos sofridos ao ser contida na igreja, a presa relatou que não pretendia fazer algum mal para o menino. S.H. alega que queria saber onde estava a mãe dele, já que nos últimos dias soube "de coisas que a mulher anda falando na cidade", sem entrar em detalhes do que se trata.

S.H. acredita que a mãe do adolescente seria a autora das fofocas. Ela alega que ficou nervosa diante da situação e foi atrás dessa mulher, não a encontrou na igreja, mas deparou-se com o filho. S.H. também afirmou aos policiais militares que não chegou a encostar a faca no menino, mas apenas queria informações do paradeiro da mãe dele. A agressora, com a faca apreendida, foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil. O caso ainda está em apuração.