04 de setembro, de 2021 | 09:30

Suspeita de ''vaca louca'' em Minas ainda não tem confirmação

IMA afirma que os frigoríficos no Vale do Aço não têm produção prejudicada e funcionam normalmente

A suspeita de um caso de “vaca louca”, doença neurodegenerativa fatal que atinge bovinos, passou a ser investigada em Minas Gerais, nesta semana. Representantes do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) afirmam que o os frigoríficos no Vale do Aço estão funcionando normalmente, pois não há confirmação de casos na região. O órgão ressalta que os frigoríficos têm inspeção permanente com a presença de veterinários próprios, durante toda a produção. E os resultados dos exames são acompanhados.

A suspeita de um caso da doença conhecida como vaca louca, em um frigorífico de Belo Horizonte, deixou o mercado em alerta desde quarta-feira (1) e causou paralisação no comércio internacional de boi gordo, causando queda de 4% no preço do boi na bolsa de valores. Os frigoríficos teriam aproveitado a ocorrência, e o feriado de Independência na próxima terça-feira (7), para paralisar a produção, temporariamente, até o esclarecimento do caso.

Em entrevista à rádio CBN na quinta-feira (2), o governador Romeu Zema (Novo) disse que “é uma preocupação muito grande, todo o Brasil depende de exportação de proteína animal, e um fato como esse pode atrapalhar, prejudicar, e muito, esses negócios. Então, é um acompanhamento, e estaremos tomando todas as medidas para que, se confirmada, essa ocorrência fique restrita aonde aconteceu".

Doença

Um animal, que estaria contaminado, teria apresentado sintomas em junho. Em um primeiro teste realizado, o resultado foi positivo para a doença, mas o segundo, negativo. Resultados de um terceiro teste ainda são aguardados. A vaca que apresentou os sintomas suspeitos já foi sacrificada. O caso está sendo investigado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "Mal da Vaca Louca", é uma doença neurodegenerativa fatal, que atinge a espécie bovina. A doença é causada por uma forma de proteína, chamada príon. Os príons causam a morte das células cerebrais, formando buracos no cérebro, parecidos com os de uma esponja.

Segurança

Em nota enviada à imprensa no fim da manhã desta sexta-feira (3), o IMA informou que, como membro da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Brasil adota os procedimentos de vigilância, investigação e notificações recomendadas pela instituição. “Casos em investigação são corriqueiros dentro dos procedimentos de vigilância estabelecidos e medidas preventivas são adotadas imediatamente para garantir o controle sanitário. Uma vez concluído o processo em investigação, os resultados serão informados”.

“O IMA, autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o órgão responsável pela defesa sanitária animal no Estado, colabora com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nestas investigações, sempre que solicitado, atuando para a garantia da segurança e qualidade da produção mineira e prestará informações adicionais tão logo obtidos os resultados dos exames”, conclui a nota.