04 de agosto, de 2021 | 21:40

STF abre investigação para apurar ataques de Bolsonaro à legitimidade das eleições

Investigação tramitará junto ao inquérito sobre ofensas ao tribunal

Agência Brasil
Reprodução de vídeo
Transmissão de  Bolsonaro na TV pública; TSE afirma que foram transmitidas notícias falsas Transmissão de Bolsonaro na TV pública; TSE afirma que foram transmitidas notícias falsas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou hoje (4) a notícia-crime encaminhada à Corte pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro. Com a decisão, o presidente entra como investigado no inquérito das fake news em tramitação na corte.

Na decisão, Moraes determinou a instauração imediata de investigação sobre a conduta do presidente durante a live transmitida na semana passada pelas redes sociais. Na transmissão, foram apresentados apresentados vídeos de eleitores que foram às urnas em eleições anteriores apontando supostos indícios de fraudes na utilização da urna eletrônica.

Logo após a live, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, enviou uma notícia-crime ao Supremo contra o chefe do Executivo para que a conduta dele seja investigada devido à realização de live com profusão de mentiras sobre o sistema eletrônico de votação.

A investigação tramitará em conjunto com o inquérito que apura divulgação de informações falsas e ataques ao STF, cujo relator é Alexandre de Moraes.

O envio da notícia-crime foi feito após o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reafirmar que, desde implantação das urnas eletrônicas, nenhuma fraude foi registrada no sistema de votação.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, transmitida pelo próprio presidente em seus canais nas redes sociais, Bolsonaro comentou a decisão do STF.

“Queremos eleições limpas. Não vai ser o inquérito, agora na mão do senhor querido Alexandre de Moraes, pra tentar intimidar. Lamento o próprio TSE tomar certas medidas para investigar, me acusar de atos antidemocráticos. Eu posso errar, tenho direito a criticar, mas não estamos errados.”
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